quarta-feira, dezembro 21, 2005

Análise táctica do Sporting-Rio Ave

Se o Rio Ave surpreendeu com o onze incial e respectivo esquema táctico utlizado em relação ao que tinhamos antecipado, já em termos de ideologia mantêve-se. António Sousa priveligiou o preenchimento do meio-campo tentando assim facilitar a curta troca de bola entre os seus jogadores tentando assim obviar a que o Sporting a tivesse em seu poder e pudesse construir jogadas de perigo. Como diz Mourinho: "não se sofrem golos quando a bola está em nosso poder". Utilizando um 4-4-2 declarado, apenas com a nuance de Chidi baixar para marcar Custódio em processo defensivo tentando evitar que o nosso trinco pudesse ser o 1º organizador de jogo. Paulo Bento, demonstrando um conhecimento deste Rio Ave abdicou, e bem, de Nani colocando em campo simultaneamente Sá Pinto e João Alves, garantindo assim que tinhamos sempre igualdade numérica nesse local do campo. Mais, garantindo que também o Sporting queria manter a posse de bola em detrimento de ataques rápidos que como na Naval, resultaram em demasiadas percas de bola ainda em fase de construção do ataque por se tentar fazer tudo demasiado depressa. Com o jogo tacticamente equilibrado, o Rio Ave falhou clamorosamente em 2 bolas paradas e quando deu por isso estava a perder 2-0. A 2ª parte não tem história, a nossa equipa a jogar como gosta, espaço para receber a bola, rodar e embalar para a baliza e com os jogadores que melhor aplicam esse futebol (Nani, Liedson, Carlos Martins, Tello), tudo ficou mais fácil. E não fossem as infelizes lesões que sofremos e Sá Pinto e João Alves teriam tido oportunidade de ir descansar mais cedo, porque claramente estoiraram a meio da 2ª parte. Ficam os números prometedores dos 2 últimos jogos: 5 golos marcados (muitos desperdiçados com baliza aberta) - 0 sofridos (Ricardo já evitou pelo menos dois feitos).

2 comentários:

bgvp disse...

Notou-se e nota-se claramente maior coesão quer no 11 quer no proprio plantel, ontem foi um exemplo claro.

Excelente a referencia ao Ricardo e aos 5-0 em golos, óbvio que ajudou a eficácia em bolas paradas mas tb já era sem tempo, chega de sermos smp nós a sofrer.

3 lesões limitaram um pc as opções de P Bento mas mm assim conseguiram-se aguentar bem :)

Anónimo disse...

Boa análise.
Sá Pinto não tem, nesta altura, estofo para comandar seja o que for no meio campo do Sporting.

ps: essa "máxima", (não se sofrem golos quando a bola está em nosso poder) foi inventado pelo Special One?
mi poupa tá!!!