terça-feira, outubro 31, 2006

Golpe de Estádio #06: Capítulo III (Teles, Reinaldo Teles)

Pinto da Costa assumiu a derrota, mas não a digeriu. Parecia perdido para o futebol.
A sua atitude revolucionária tinha deixado marcas bastante profundas. O seu futuro como dirigente estava severamente comprometido, mas Pinto da Costa sempre acreditou que no futebol é o golo que comanda as atitudes e as situações e que provoca a queda dos dirigentes e treinadores. Por isso, PC não se deixava abater com tanta facilidade. A sua resistência não tinha limites e afinal só tinha perdido uma batalha. O importante, agora, era fazer com que o seu clube tivesse alguns desaires. Tinha, por isso, de montar a sua estratégia, mesmo sem os seus anteriores aliados.
Os seus companheiros, os da tentativa de revolução, colocaram-se á margem para se aliarem a quem ficou com o poder, e os profissionais seguiriam o seu rumo, a sua vida era aquela; e, mais tarde ou mais cedo, acabariam por surgir novos empregos. Eram artistas do futebol, tinham mérito e qualidade. O seu caso era mais difícil. Era um dirigente com algum carisma ganho á custa do prestígio de Pedroto. A sua personalidade e capacidade ainda não tinham sido verdadeiramente testadas. Faltava-lhe prestígio para fazer frente a Américo de Sá. E não podia continuar a vender fogões toda a vida...
Sem abandonar os bastidores do futebol, foi minando a gerência de Américo de Sá.
Não era homem para ser derrotado com tanta facilidade, mas em alguns momentos chegou mesmo a sentir o desespero de uma causa que parecia perdida. Mestre a colocar o boato a circular, fez constar que um clube da capital lhe tinha dirigido o convite para assumir o comando do departamento de futebol. O objectivo era deixar passar a mensagem de que o inimigo tinha visto nele superiores qualidades e, perante tal facto, esperar que algumas vozes se levantassem, reconhecendo o erro que tinham cometido. Mas acabou por acontecer o contrário. A credibilidade de Pinto da Costa em relação ás posições que tomou em defesa do Norte foi afectada. Apercebendo-se de que a sua estratégia não resultara, logo se apressou a desmentir o
boato posto por ele a circular. As eleições estavam próximas e era necessário estabelecer um plano mais sólido para derrotar Américo de Sá. Não era homem para viver sob o domínio da derrota ou mudar de atitude procurando novamente as boas graças do presidente. Na sua personalidade e forma de estar não encaixava a imagem de um falhado.
Pinto da Costa passou a sua idade escolar num colégio onde imperava uma grande influência da religião católica e quando atingiu o liceu foi internado num colégio de padres. Dos mais prestigiados do Norte do País. Ali fabricavam-se verdadeiros homens. Eram testados como cobaias para poderem enfrentar no futuro as mais adversas contrariedades da vida. Uma das disciplinas era constituída pela defesa individual de cada aluno perante toda a turma e, já nessa altura Pinto da Costa era tido como o mais desenvolto no uso do discurso, na sua capacidade de raciocínio rápido e retenção na memória de dados essenciais. Inteligente e astuto como um verdadeiro jesuíta, bem cedo começou a demonstrar um grande sentido de chefia.
Sabia como dividir para reinar, utilizando um ar cândido e descomprometido quando algumas atitudes de má-fé lhe eram dirigidas.
Atirava a pedra e sabia como esconder a mão. Mas a sua verdadeira arma era a grande capacidade de trabalho e a completa dedicação a tudo o que fazia. Chegou a pensar ordenar-se padre, e o director do colégio apostava que, se ele seguisse essa carreira, iríamos ter o segundo Papa Português.
A sua postura, a sua forma de falar e de estar deram-lhe sempre um toque clerical. A mesma mão que abençoava os amigos, empunhava a cruz onde ele havia de crucificálos. Cativava, fazia amizades com facilidade e sabia como as utilizar e destruir como se nunca tivesse culpa de nada.
Nunca foi grande atleta, mas a sua paixão pelo desporto atirou-o para o dirigismo.
Começou por baixo, mas não foi necessário muito tempo para chegar ao topo da pirâmide.
Destronar Américo de Sá era agora o seu maior desafio. Começou então a rodear-se de amigos com algum prestígio no clube, procurando apoios para se candidatar. Tarefa que não era fácil. Na altura, para se ser presidente de um clube de futebol era necessário ser-se um empresário de sucesso e ter dinheiro disponível para enfrentar algumas situações, e esse não era o caso de Pinto da Costa. Ele sabia-o como ninguém e procurou então apoiar-se em pessoas abastadas economicamente, não dispensando o seu grande amigo, Ilídio Pinto.
Havia, no entanto, uma situação que era necessário ultrapassar. O Ilídio tinha-se encostado ao Américo de Sá, mas PC sabia que ele estaria sempre do lado de quem tivesse o poder e, com alguma facilidade, jogava sempre com um pau de dois bicos. O certo é que Ilídio tinha o dinheiro, e PC iria necessitar desse apoio. Tinha também na mão outra gente que vivia desafogadamente em termos financeiros e que por terem sido preteridos por Américo de Sá se colocaram do seu lado, mas esses eram mais inteligentes e não seria fácil arrancar-lhes o dinheiro sem lhes dar nada em troca. Não podia também colocar em risco uma nova derrota. Tinha de ir à luta pela certa, e o momento era propício porque se começava a notar um certa instabilidade no seio do clube. Tudo servia para se atacar a gerência de Américo de Sá. Faziam-se assembleias gerais agitadíssimas, com Pinto da Costa a colocar algumas pessoas estrategicamente no meio dos sócios a criar a confusão.
Américo de Sá passou momentos de grande desespero, porque lhe era impossível controlar a situação. Foi então que tomou consciência da existência de um jovem com alguma história no clube. Reinaldo Teles, campeão nacional de boxe e na altura treinador, foi a solução encontrada para controlar as agitadas assembleias gerais. Expugilista, brigão, chulo e nutrindo uma certa paixão por negócios ilícitos, ofereceu-se para arrumar a casa e impor a ordem nas confusões programadas por Pinto da Costa. Era treinador de boxe do clube e reuniu os seus rapazes para patrulharem a sala, e o certo é que com alguns murros e cabeçadas acabou por conquistar o lugar de chefe da segurança de Américo de Sá.
Pinto da Costa temia-o, porque não era um brigão vulgar e muito menos um marginal estúpido e incompetente. Reinaldo Teles tinha um espírito e uma personalidade muito idênticos aos de PC. Dava as ordens para descascar á fartazana e depois surgia como o apaziguador, o bom rapaz que nada tinha a ver com aquela violência. PC detestava-o, mas viu nele a solução para o futuro.
Reinaldo Teles era um ás a esgrimir os punhos, sabia avaliar com grande exactidão a capacidade dos seus adversários, e quando não os podia vencer trazia-os para junto de si. Um anjo, este rapaz que veio bastante jovem de uma aldeia transmontana para servir numa tasca de um tio. O estabelecimento estava aberto toda a noite, numa altura em que ainda existiam poucas discotecas. E as que funcionavam em pleno estavam viradas para o alterno e a prostituição. Mas R. Teles sabia que «putas e vinho verde» só combinam nas horas e nos locais certos. Havia que tratar da vidinha. Ajudava o seu tio pela madrugada dentro e vivia com entusiasmo as cenas de pancadaria entre azeiteiros, putas e marginais. O seu sonho era um dia vir a ser como eles. Homens valentes, com charme, e mulheres tratadas a pontapé a levarem-lhes o apuro da noite e o que até tinham roubado ao prazer. Sobre as delícias do amor, Reinaldo propagandeava dotes extraordinários, como fruto da leitura de um livrinho que comprara na Feira de Vandoma, uma obra cujo título tinha algo a ver com cama (obviamente) e que ensinava a combinar o beijo inclinado com o beijo pressionado. Essa era a matéria que Reinaldo dominava perfeitamente, como já se disse, com destaque para a arte de beijar.
Mas ainda estava longe de ser o rei na noite, sendo por norma acordado por mais um pedido da Bety ou da Lady, pois as putas por aqueles lados tinham todas nomes ingleses...
- Ó miúdo, serve-me aí uma sande de fígado com molho e cebola e um copo desse verde rasca que o teu tio tem aí!
Reinaldo Teles não se deixava comover. Afinal, eram putas. Tinham de ser tratadas assim. Enrugando a face, com os cantos da boca a quebrarem para baixo, fazia inchar o peito, punha-se em bicos de pés na tentativa de imitar os chulos e atirava com o prato da sande e o copo para a frente da mulher enquanto pensava: «Ainda vais trabalhar para mim». Foi então que um indivíduo com cara de rato, esquelético e de cabelo oleoso, se foi encostando á prostituta que Reinaldo servia e, com uma habilidade nata, meteu os garfos na carteira e roubou-lhe o porta-moedas. Reinaldo, que estava por detrás do balcão a retirar da montra de vidro um naco de polvo envolto em cebola, viu a cena e não perdeu a sua oportunidade de brilhar. Saiu do balcão e, com determinação, agarrou o carteirista e evitou que a Alzira, mais conhecida por Lady, ficasse sem os poucos tostões que o seu chulo lhe deixou.
Apercebendo-se de toda a cena, a Alzira levantou a mão e deu um soco no carteirista enquanto lhe dizia:
- Ah, meu filho da puta de choringa!
Sem tempo para pensar, Reinaldo Teles nem sequer hesitou quando se apercebeu que o carteirista ia responder á agressão. Formando um salto, deu uma cabeçada seguida de uma esquerda no choringa e este esparramou-se no chão sem vontade de se levantar. Quando o pôde fazer, nem sequer olhou para trás, deitando a fugir pela rua abaixo.
Os presentes fartaram-se de gabar Reinaldo, não só pela sua coragem como também por aquela esquerda indomável. A Alzira esqueceu-se de que tinha sido vítima de roubo e começou a medir o miúdo de alto a baixo com um sorriso comprometedor e, olhando por cima do ombro, disse-lhe quase num sussurro:
- Hoje tens direito a uma de graça!
- Com direito a beijo pressionado?- quis logo saber Reinaldo.
Que sim, disse ela. Reinaldo Teles não cabia em si. Puxou do pente que trazia no bolso de trás das calças, passou-o pelos cabelos e não deixou ninguém perceber que ainda era virgem. Pegou no resto do vinho que sobrou no copo da Alzira e emborcou-o de uma golada enquanto lhe dizia:
- Estou-te com uma sede!
Quando fechou a tasca, lá estava a Lady á sua espera para uma madrugada de amor.
Mas estava, ainda, Reinaldo com a chave metida na porta, e já o chulo da Alzira lhe tocava no ombro.
- Onde pensas que vais meu filho. O estabelecimento já fechou. Se queres desenferrujar o prego, espera para amanhã e não te esqueças de trazes trocado.
Reinaldo Teles ficou fora de si. Já estava a pensar com os tomates, e aquele gajo não lhe podia vir estragar a festa. Olhou de alto a baixo o chulo. Fixou-o bem nos olhos e achou que lhe podia dar uma tareia. A sua célebre esquerda saltou como um gancho e abateu-se nos queixos do chulo. Ainda este não se tinha recomposto e já levava um meia dúzia de socos, caindo KO no passeio.
Numa só noite, Reinaldo tinha abatido dois adversários. Alzira não hesitou. Estava cheia daquele chulo, e Reinaldo serio o seu novo amante. Meteu-lhe o braço e, com firmeza, levou-o até ao seu quarto alugado, por trás da Igreja da Trindade. Por coincidência ou não, os sinos tocaram a assinalar as cinco da matina e uma gata berrou de cio.
Reinaldo estava eufórico e, depois de ter descascado em dois duros da noite, não podia de forma alguma deixar perceber que aquela era a sua primeira noite de amor. As suas calças de bombazina preta começaram a ser afagadas por Alzira enquanto ela se despia.
Ao ver o seu par de mamas, Reinaldo não se aguentou mais e teve uma ejaculação.
Lady sentiu as calças humedecidas.
- Já te vieste?
Reinaldo, sem mostrar atrapalhação por aquele percalço, ensaiou uma vez mais a pose de durão.
- Isto é só uma amostra. Vê se te preparas depressa.
E em que pressinha se foi a virgindade de Reinaldo Teles.
Alzira ficou encantada com toda aquela fogosidade e, mostrando-se submissa, pediu com um certo carinho:
- A partir de hoje vais ser o meu chulo?
Reinaldo sorriu, enquanto puxava as calças para a cintura e apertava o cinto.
- Depois da sova que deu ao teu chulo, achas que ele teria coragem de aparecer? O teu homem a partir de hoje, claro que sou eu.
Mas para que essa conquista ganhasse forma, havia muitas lutas para vencer. Os pretendentes faziam fila porque o negócio estava mau e havia de aparecer um valentão a conquistar os seus direitos da mesma forma que o fez Reinaldo. Alzira gostava do miúdo, era forte e atrevido, mas para ficar com ele tinha de pensar numa forma de o proteger. Reinaldo tinha punhos, mas faltava-lhe a experiência. De súbito, veio a solução. Ela tinha um cliente que era treinador de boxe do maior clube da cidade (Porto) e ia-lhe apresentar Reinaldo Teles para o rapaz poder ir lá fazer uns treinos.
Uma semana depois, o tal treinador de boxe disse a Alzira que Reinaldo tinha futuro.
A partir daí, quando as coisas aqueciam no «Ginginha», a tasca do seu tio, R. Teles fazia uns treinos extra, passando a ser conhecido e respeitado. Depois de fechar a tasca, aproveitava a boleia de um amigo e ia ter com a Alzira, que atacava em Santos Pousada.
Trazia o apuro e a rapariga. Os dois estavam apaixonados. O beijo pressionado passava à história.
Reinaldo começou a somar êxitos no boxe e acabou por deixar o emprego na tasca do seu tio para se colocar como segurança e porteiro numa casa de alternos. Foi aí que conheceu a Luísa.
Mas um dia, Alzira descobriu tudo, entrou pela boite dentro, localizou a Luísa, que bebia uma garrafa de champanhe com um cliente enquanto este a beijava no pescoço, pegou-lhe pelos cabelos, atirou-a por cima da mesa e armou por ali uma algazarra tremenda.
Reinaldo Teles tentou acalmar as coisas. Não podia perder o emprego e lá convenceu Alzira a ir-se embora, não sem antes esta prometer que matava a Luísa se ela continuasse atrás do homem dela.
Reinaldo Teles tinha-se tornado num dos chulos mais importantes da cidade e, com a ajuda da Luísa, acabou por comprar o seu próprio estabelecimento. O rapaz tinha jeito para o negócio, e a Luísa tinha uma perspicácia tremenda para escolher as melhores putas.
Ambicioso, inteligente, hipócrita e já com algum poder económico, Reinaldo Teles tinha apenas mais um sonho: ser campeão nacional de boxe. Ele era bom de punhos, mas havia outros melhores.
Com algum sacrifício e habilidade, conseguiu chegar á fase que lhe permitiu disputar o título. O seu adversário era poderoso e Teles não se podia arriscar a deixar fugir o seu sonho. Sempre inclinado para negócios marginais, colocou logo em prática um plano diabólico. Ele sabia que no boxe profissional a corrupção por parte de grupos marginais era uma prática constante e quase normalizada, e num ápice resolveu o seu problema. Contactou o seu adversário, negociou a vitória no terceiro "round" e um KO mal disfarçado deu-lhe a oportunidade de saltar no ringue elevando as luvas em sinal de vitória.
Era importante para o seu negócio que os jornais noticiassem no dia seguinte que ele era o novo campeão nacional de boxe. Aquele título significava respeito e medo. Os factores mais importantes para quem quer gerir com tranquilidade uma casa de alternos e de prostituição.
Este fora o seu primeiro acto no mundo da corrupção, e Teles ficou fascinado com o poder do dinheiro. Afinal, ele tinha feito um investimento altamente rentável. Pagou para conquistar o título, realizou o seu sonho e duplicou a facturação no seu estabelecimento. Ninguém se arriscava a criar conflitos na sua área de alternos e muito menos a deixar contas penduradas. Os punhos de um campeão eram sempre temidos.

quinta-feira, outubro 26, 2006

Ricardo o 4º Melhor?

O sindicato dos jogadores elegeu Ricardo como o 4º melhor GR da época 2005/2006. Ficando atrás de Baía, Paulo Santos e Moretto.
Os critérios são absurdos, pois como é possível o Moretto Franguetto ficar á frente?
E Baía? Com o frango da Amadora e o Golo de Carnaval na Luz fica em 1º?
Já agora, e Hélton?

Mas por falar em GR... este é o melhor que vi actuar, o grande Schmeichel:
http://www.youtube.com/watch?v=O0lNsBAsb-U
http://www.youtube.com/watch?v=xyKCxLQOo5w&mode=related&search=
http://www.youtube.com/watch?v=yjWpnrxj2Xk&mode=related&search=
http://www.youtube.com/watch?v=vm-x6dE1bnA

Futebol: Lista de convocados para a deslocação a Aveiro

Aqui fica alista de convocados por Paulo Bento para a visita de amanhã a Aveiro para defrontar o Beira-Mar:

Guarda-redes: Ricardo e Tiago;
Defesas: Tello, Abel, Tonel, Polga, Miguel Veloso e Caneira;
Médios: Carlos Martins, Nani, Farnerud, Custódio, João Moutinho, Romagnoli e Carlos Paredes;
Avançados: Alecsandro, Yannick e Liedson.

Única alteração em relação á ultima convocatória para a recepção ao FCP é a saida de Miguel Garcia por troca directa com Abel.
Assim, deixo o onze previsivel para iniciar a partida tendo em conta que na 3ª feira seguinte temos a importantissima e dificilima deslocação a Munique para defrontar o Bayern:
Ricardo; Abel, Tonel, Polga, Caneira; Veloso, Paredes, Moutinho, Martins; Yannick e Liedson.

Golpe de Estádio #05: Capítulo II (Ascensão de um Seminarista)

Há 20 anos...
O Verão estava insuportável. O calor sufocava, e o futebol preparava-se para iniciar mais uma época. Os jogadores, regressados de férias, vinham com pouca vontade de trabalhar.

Os dirigentes estavam mais atarefados do que nunca. Eram as contratações, o estudo das novas directrizes e a organização dos respectivos departamentos o que mais os preocupava. Mas as atenções estavam viradas para o maior clube da cidade (Porto). Anunciavam-se grandes transformações para um novo mandato de Américo de Sá, um dirigente de corpo inteiro cuja figura e postura se assemelhava á de um aristocrata. Educado, afável, mas um tanto pretensioso, seguia uma linha directiva com mais de trinta anos. Nos últimos tempos, as vitórias começavam a sorrir e até veio um título já esperado há muitos anos. O clube estava a ganhar uma nova estrutura organizativa, fruto da revolução política que anos antes tinha acontecido e o aproveitamento correcto das linhas de acção traçadas pelos partidos apontavam para a regionalização e a descentralização do poder.
Alguns homens do Norte tinham ganho força nos mecanismos estatais e tentavam implantar na sua região uma retaguarda de pressão para combater a tendência de esquerda que vinha da região sul. O momento foi soberbamente aproveitado em toda a sua extensão e teve como principal mentor José Maria Pedroto, o técnico mais conceituado do futebol português. O homem já tinha revelado, mesmo como jogador, uma inteligência invulgar e, logo que tomou conta do clube do seu coração, procurou colocar um plano que noutros tempos se tinha mostrado de difícil execução. Para o acompanhar, escolheu elementos que já antes se tinham feito notar pela sua forte dinâmica. O seu mais directo colaborador era Pinto da Costa, o homem que chefiava o departamento e comparticipava em toda a estratégia por ele montada. Pinto da Costa movia-se habilmente pelos corredores do poder, possuía uma memória invulgar, e escrúpulos era coisa que se não lhe conhecia. Hábil na utilização do discurso, atacava as suas vítimas com uma certa ironia, mas não tinha contemplações para quem se lhe atravessasse no caminho.
Esta dupla era imbatível, mas perigosa. Ambos já tinham mostrado a sua intuição e poder de manobra quando conseguiram ludibriar o poder que outrora vinha da capital e dos clubes que normalmente dividiam entre si os prazeres da vitória. O certo é que do Norte surgia um intruso a querer também saborear esses incomensuráveis prazeres da conquista. Aquele título, ganho depois de tantos anos de luta contra as mais miseráveis injustiças, era uma lança cravada em terras de Mouros. Um verdadeiro desafio àqueles que usavam e abusavam do poder que possuíam. Mais do que tudo, tinha sido uma vitória do Norte. Os populares rejubilavam com o feito, mesmo a gostarem de outras cores clubísticas. Pedroto surgiu como um herói e passou a ser a bandeira dos humilhados e oprimidos. Lenine não faria melhor.
Mas tanto Pedroto como Pinto da Costa sabiam o perigo que isso representava e prepararam-se para enfrentar novos ataques. Era necessário ser duro na acção e lutar sem contemplações contra o inimigo, mas o presidente do clube e os seus pares não possuíam a estaleca necessária para os acompanhar nesta corrida louca contra a hegemonia da capital. Américo de Sá mais parecia um aristocrata e no futebol os punhos de renda estavam a passar de moda.
- Com o Sá, não vamos a lado nenhum!- choramingou PC.
-Ir, vamos. Mas quando atravessamos a Ponte da Arrábida já estamos a perder!- atirou Pedroto, sempre mais pragmático e mostrando mais uma vez que era um homem que anda sempre um passo ou dois á frente dos restantes.
Pinto da Costa, com a sua cara de bebé chorão e os óculos descaídos sobre o nariz, sorriu e tentou imaginar a melhor forma de dar a volta ao problema. Havia que contar com duas situações, antes do mais. Pedroto era agressivo, competente e justo. Lutava como ninguém e por aquilo em que acreditava e não se deixava "comer por lorpa", mas preservava os seus amigos e era incapaz de trair quem se envolvesse com ele na acção.

Tinha de se arranjar uma solução ajustada ao prestígio de Américo de Sá.
Todas as noites, Pedroto gostava de um joguinho e cartas, e o seu jogo predilecto era a "ricardina". O local de encontro e de jogo era a tasca do Ilídio Pinto, também proprietário da mercearia Petúlia. Nas catacumbas, uma nova fé clubística crescia, mas esta estava pronta para soltar os leões sobre o dono do Circo...
Depois de uns copos e de uma conversa animada sobre futebol, a noite acabava sempre na cave da mercearia com o tal jogo da "ricardina". Ilídio Pinto sofria como ninguém os problemas do clube. O seu maior sonho era ser um dia director do departamento de futebol, mas havia muitos mais candidatos para o lugar, e ninguém o levava a sério. E, que se soubesse, o cargo não era prémio que saísse como brinde do bolo-rei. Mas a inteligência era um dote que não contemplava o Ilídio. Lá que era um homem astuto, era. E lá que estava cheio de dinheiro, disso também ninguém duvidava. E como estava sempre de bolsa aberta para ir em socorro dos problemas do clube, havia que deixá-lo pensar que o sonho um dia se iria realizar. A sua riqueza tinha como base muita poupança e o segredo roubado ao seu antigo patrão da receita da broa de Avintes.
Em poucos anos, apesar de ter a sua mercearia noutra zona, transformou-se no "Rei da Broa de Avintes" e as vendas foram de vento em popa. Os negócios estavam maus, a economia fraca, o País vivia tempos difíceis, e a broa de Avintes sempre era barata e enchia os foles do estômago dos menos favorecidos. E a bolsa do Ilídio.
A noite estava quente, e o ambiente alegre, mas PC chegou de semblante carregado e fez um sinal de cumplicidade a Pedroto:
- Porque é que está com um ar tão «saturno»?
Pedroto quase se desfazia numa gargalhada, mas Pinto da Costa, já habituado ás bacoradas do Ilídio, respondeu com a ironia que lhe era habitual:
- É do tempo, e os astros não ajudam.

Depois de ter dado uma palmada nas costas do Ilídio, adivinhando-lhe as intenções, foi-lhe dizendo:
- Vamos a uma partidinha!
O Ilídio não deixou de mostrar um sorriso rasgado de orelha a orelha. Era daquilo que ele mais gostava. Não se importava de perder todas as noites. A broa de Avintes dava para tudo. O importante era estar com os heróis que fizeram do seu clube campeão. Mandou fechar a loja, meteu o apuro do dia no bolso e foi de imediato buscar as cartas. PC aproveitou a ausência e contou a sua estratégia a Pedroto.
- A melhor forma de conseguirmos levar em frente o nosso plano, é convencermos o Américo de Sá de que o futebol no clube tem de ser totalmente autónomo. Ou seja ele gere o clube e nós tomamos conta do futebol.
- Por acaso não lhe fica nada mal o papel de corta-fitas. Como é que vamos fazer isso? - perguntou PC largando um sorriso cúmplice.
- Ele é capaz de não aceitar essa situação com tanta facilidade.
Entretanto , o Ilídio chegou com o baralho de cartas, e ouvindo as últimas frases, perguntou com um ar de quem não está a entender nada.
- O Américo Tomás vai voltar?
Pedroto piscou o olho a Pinto da Costa e mudou o tema á conversa.
- PC, é desta que vais jogar a «ricardina»?
- Bem sabes que jogo de cartas não é comigo. Os meus jogos são outros.

Chegaram outros convidados para uma partidinha e começou o saque ao Ilídio. Irritado com tanta falta de sorte, o dono da mercearia só via na sua frente o desfiar dos naipes que lhe tinham tocado. Pinto da Costa assistia impávido e sereno ao baralhar das cartas e á forma como eram distribuídas. E pensou: «Um dia serei eu a distribuir o jogo». Algo aborrecido, levantou-se e aproveitando o entusiasmo do Ilídio, subiu á mercearia e começou a retirar alguns chocolates das prateleiras. Voltou a descer e, com o à-vontade que lhe era peculiar, distribuiu algumas tabletes pelos jogadores. O Ilídio também se serviu, sem dar conta que as mesmas lhe foram roubadas, tal o seu entusiasmo pelo jogo.
Pedroto riu-se, e os presentes também não se contiveram. O Ilídio parece ter acordado e, dando uma dentada no chocolate, pensou em voz alta:
- Vocês estão a rir-se muito, devem ter bom jogo. Mas não faz mal, a minha sorte também há-de chegar.

A sorte só lhe chegou no dia seguinte com a venda de mais broa de Avintes.
No final do joguinho de cartas, Pedroto convidou PC para uns fadinhos. Sempre era um sítio recatado para uma conversa a dois. Já só faltava um dia para que a equipa de futebol se apresentasse e nada estava definido em relação à chefia do departamento de futebol.
- O Américo de Sá já me convidou para continuar, mas temos de ter mais poder para fazer frente aos mouros.

Pedroto era um homem de soluções rápidas e não esteve com meias medidas, lançando a sua proposta a PC.
- Amanhã vais falar com o homem e dizes-lhe que aceitas continuar no cargo, mas com algumas condições, e aproveitas para expor o teu plano. Não tenhas problemas, porque o título ganho deu-nos uma tal força, que é difícil haver gente com coragem para nos derrubar.
Confiante nas palavras do "mestre", PC marcou encontro com Américo de Sá e colocou-o ao corrente do seu plano. Américo de Sá mostrou-se desconfiado e delicadamente disse "talvez sim", o que bem podia ser traduzido por "certamente que não". E para que Pinto da Costa não ficasse com dúvidas, o presidente fez mesmo questão de precisar:
- Mas, para já, se quer ficar com o departamento de futebol, fica, embora nas condições anteriores.

PC não estava a contar com aquela resposta e ficou lívido de raiva. Bateu com a porta e saiu, pensando na velha máxima de Júlio César que era para si o referencial da vida: "Antes ser o primeiro numa aldeia que ser o segundo em Roma".
Pinto da Costa telefonou de imediato a Pedroto e colocou-o ao corrente da situação.
- Temos que nos encontrar com urgência para sabermos o que vamos fazer amanhã.
Pedroto tentou colocar alguma água na fervura e tranquilizou PC.
- Vem já a minha casa, para elaborarmos a estratégia para amanhã.

Em pouco tempo tudo ficou gizado. Os tempos do PREC ainda estavam bem vivos, e se o Américo de Sá se julgava importante, iria ter de se vergar ao poder popular.
Dizia PC:
- Tem calma. Essas coisas não se tratam dessa forma. Em primeiro lugar vamos fazer um comunicado e amanhã revolucionamos isto tudo.
Nessa noite voltaram a encontrar-se na Petúlia para afinarem a estratégia. Mas como não se sabia muito bem no que é que aquilo tudo ia resultar, era melhor colocarem Ilídio Pinto no plano, estabeleceu PC. Pedroto reagiu pela negativa.

- Deixa o Ilídio em paz, porque ele ainda é capaz de nos estragar a estratégia.
- Estás doido. Vamos só dar-lhe um cheirinho. Nunca se sabe se vamos necessitar de dinheiro, e se for caso disso, onde é que o vamos buscar?
Pedroto hesitou, mas acabou por concordar. Convidaram o Ilídio para a reunião e contaram-lhe apenas algumas peripécias do plano. O Ilídio revelou-se eufórico, como quando lhe saía bom jogo. Era mesmo aquilo que ele queria. O Américo de Sá não ia aguentar este ataque e abandonava o clube. O Pinto da Costa passava a presidente, e ele realizava o seu velho sonho: tomar conta do departamento de futebol.
O Ilídio até foi mais cedo para a cama, depois de ter dito ao Pedroto e ao PC que podiam contar com tudo o que necessitassem. Mesmo dinheiro, a quantia que fosse necessária. Logo que chegou a casa, não resistiu. Tirou a bata de trabalho e foi ao roupeiro escolher o seu melhor fato. Vestiu-o, colocou uma gravata, foi a uma pequena gaveta da cómoda e retirou uma braçadeira com uma inscrição bordada a branco: «delegado ao jogo». Passeou-se um pouco no quarto de cabeça erguida e começou a gritar para a mulher, que já estava a dormir:
- Levanta-te que isso não é nada. Vai à esquerda. Vai lá, corre. Corta, passa, chuta que é golo!
A mulher acordou estremunhada e, vendo o Ilídio naqueles propósitos, logo pensou: «Ai que o meu Ilídio ficou maluquinho!»
- Mulher, estás a ver um futuro delegado ao jogo! Amanhã vai haver um golpe de estádio e ninguém mais nos vai poder parar.
A Dona Virgínia, sem perceber o que se estava a passar, pensou: «E mais uma das maluquices do meu marido». E virou-se para o outro lado, voltando a adormecer, pois, de manhã, bem cedinho, tinha que estar no seu posto a fabricar a broinha.
Pedroto foi o primeiro a entrar no estádio e logo que os jogadores chegaram fez uma reunião e contou-lhes o que se estava a passar.
- Rapazes, se queremos continuar a ganhar, a conquistar títulos e a criar fama, temos de manter o grupo unido. Fomos nós que conseguimos realizar o sonho de conquista do título e não queremos ficar por aqui. Tenho a informar-vos que o nosso presidente, Américo de Sá, excluiu o Pinto da Costa do departamento de futebol e, sendo assim, não trabalho com mais ninguém. Fora a ditadura e os incompetentes. Unidos ninguém nos vence.
Um dos jogadores, atento e entusiasmado com o discurso, ainda esboçou a palavra de ordem:
- Os jogadores unidos jamais serão...

Atento, Pedroto travou o entusiasmo do jogador.
- Alto aí! Por esse caminho não, porque às tantas ainda dizem que somos comunistas, e isto não é um golpe de Estado. Isto é apenas um golpe de estádio.
O Ilídio não perdeu pitada do que estava a acontecer. Entusiasmado com a possibilidade de poder realizar o seu velho sonho de chefiar o departamento de futebol, subiu a um banco e apoiou Pedroto:
- É isso mesmo. Isto não é um golpe de Estado, é um golpe de estádio.

Pedroto retirou o chapéu que lhe encobria o «capachinho», fez deslizar os dedos pelos poucos cabelos de que ainda era proprietário, enquanto pensava na melhor forma de fazer sair o Ilídio, para que a bronca não fosse ainda mais longe. Pediu então a todos os presentes:
- Gostava de ficar agora sozinho com os jogadores e a equipa técnica. Ó António, pede aos restantes que saiam!

Novamente na posse do comando da situação, Pedroto explanou as linhas mestras do seu plano, como se estivesse apenas a dar a táctica para o próximo jogo:
- O Américo de Sá não tem o direito de travar a caminhada gloriosa do nosso clube.
Nós assumimos uma grande responsabilidade para com os nossos associados e não podemos desiludi-los. Neste momento, não há outra alternativa. Ou ele ou nós e nós somos a verdadeira glória do clube. Somos os únicos capazes de lutar contra os mouros, de os derrotar novamente, como fez D. Afonso Henriques.

O ambiente voltou a aquecer, e o entusiasmo da maior parte dos jogadores tomou conta da situação. Discutiu-se a melhor forma de enfrentar o problema e ficou acordado escrever-se um comunicado para entregar á Imprensa, dando-lhes conta da situação. Um dos jogadores ainda disse:
- Quem vai buscar uma folha de papel?
Mas Pedroto apressou-se a acrescentar:
- Não vale e pena. Dormi toda a noite sobre o assunto e por acaso até já trago aqui o comunicado feito.

Alguns jogadores ficaram desconfiados. Aquilo mais parecia um golpe de uma organização comunista.
Trabalhadores a quererem tomar conta das empresas tem dado mau resultado. Resolveram logo pôr em causa aquela acção.
Houve alguma discussão no balneário e, como a maioria estava de acordo, resolveram encostar a direcção á parede. Ou aceitavam as condições de Pinto da Costa, ou vamos todos embora.
Mas o tiro saiu-lhes pela culatra. Américo de Sá não se deixou abater pela intimidação e não aceitou as exigências. O escândalo rebentou.
Só quatro jogadores ficaram de fora da situação e alinharam com Américo de Sá, os outros foram para a mercearia do Ilídio Pinto.
Os grupos de pessoas com influência no clube dividiu-se. Se era verdade que tanto Pedroto como Pinto da Costa tinham feito uma autêntica revolução no futebol quando ganharam o título, também não era menos verdade que não estava certo que se aproveitassem da situação para assaltar o poder. Moviam-se nos bastidores os mais variados tipos de influências, porque acima de tudo estavam os mais elementares interesses do clube. Os prejuízos podiam ser desastrosos, estavam a perder-se dias de preparação, o campeonato estava á porta e a equipa iria ressentir-se disso se o braço de ferro não terminasse. Sob o comando de um preparador físico, os jogadores treinavam-se nas ruas da cidade e no final cada um ia tomar banho a sua casa. Era o descalabro. Nunca antes se tinha assistido a coisa igual. Estava na hora de o Ilídio entrar em cena. Reuniu-se com Pedroto e PC e perguntoulhe o que é que podia fazer para ajudar. Sentiu-se de imediato um brilho nos olhos de PC. Estava ali a resolução para parte do problema.
- Precisamos de dinheiro para pagar o estágio aos jogadores. Vamos mandá-los para onde ninguém os encontre. Assim, eles podem trabalhar em paz, até que tudo isto se resolva. Temos também de lhes garantir os vencimentos no final do mês. Ilídio, você arranja dinheiro para fazer face a estas despesas?
O Ilídio gostava de se sentir útil. Era ele que ia resolver o problema. A carteira era a sua divisa e colocou-a ao dispor da situação. Aquele estava a ser um dia bom, pois já vendera 500 broas.
Os jogadores hospedaram-se numa estalagem junto ao pinhal e tudo se complicou ainda mais. Toda a gente queria saber onde estavam os craques. A imprensa procurava e não encontrava. Criaram-se grupos de espiões de parte a parte. A pressão aumentava, e o Ilídio tinha de retirar os seus dividendos. A sua oportunidade não tardava, mas toda a gente tinha de ficar a saber que era ele que estava a financiar a situação. Mandou chamar um jornalista amigo e confessou-lhe:
- Fui eu que dei o dinheiro para o estágio . Eles estão.. bzzzzzzzzzzz

No outro dia, os jogadores voltaram a ser «assaltados pela malta dos jornais. Novo escândalo. Américo de Sá não dava sinais de fraqueza. Resistiu a todos os tipos de pressão. Foram reuniões, mais reuniões e assembleias gerais. Mas o presidente e os seus homens não recuaram um milímetro que fosse.
Vencidos pelo tempo e pela persistência, todos os jogadores recuaram. Todos...menos um: António Oliveira.
Pedroto e Pinto da Costa ficaram sozinhos. Américo de Sá tinha vencido. Contratou um novo treinador e ofereceu a chefia do departamento de futebol a um homem da sua confiança.
O Ilídio é que não perdeu tempo. Quando viu as coisas mal paradas, resolveu virar-se para o outro lado. Telefonou ao Américo de Sá e defendeu-se:
- Olhe que aquilo do dinheiro do estágio não fui eu que dei. É tudo mentira. O presidente já sabe que pode contar comigo. Se for necessário contratar jogadores e um novo treinador, já sabe que não há problema nenhum!
Ninguém tinha dúvidas de que iria ser necessário muito dinheiro, e no clube não abundavam os mecenas. Numa situação destas, o Ilídio podia vir a ser muito útil.
Pinto da Costa, Pedroto e o «capitão» de equipa, António Oliveira, mantiveram as duas posições. Tinham sido derrotados, mas não havia nada a uni-los. Cada um que se safasse da forma que lhe desse mais jeito.
Pedroto, sem abandonar a mania da conquista da capital aos Mouros, instalou-se na terra de D. Afonso Henriques.
- A luta continua. Vai ser aqui que me vou inspirar para voltar a conquistar o poder.
Levou com ele o António, seu adjunto. O preparador físico também tinha desertado e procurado encosto no grupo de Américo de Sá. Só mesmo António Oliveira resistiu, preferindo o desemprego á humilhação de voltar atrás. Tinha assumido uma posição e mantinha-a, mesmo que agora pensasse que tudo estava errado.
- Vamos com calma. Roma e Penafiel não se fizeram num dia.
Dito isto, virou á esquerda, travou a fundo e abriu a porta a uma miúda que por ali estava encostada a um candeeiro.

terça-feira, outubro 24, 2006

Golpe de Estádio #04: Capítulo I (Voz de Prisão)

José Guímaro estava no centro do estádio. Apitava. E o povo aplaudia. Os jogadores choravam de emoção. As principais estações de TV tinham para ali destacado os seus melhores repórteres, grande parte deles ainda imberbe. E ele, no centro do terreno, apitava, o povo aplaudia, os jogadores choravam e as televisões filmavam sem pausas para a publicidade. Disputava-se a final do campeonato do mundo de futebol. E o melhor em campo só podia ser ele, o árbitro. Ele, José Guímaro.
Trrrrrriiiiiiiiim! Não, não era o apito. Era a campainha da porta. O povo já não aplaudia, os jogadores não choravam e as TV´s não gravavam. Ao acordar, num sobressalto, José não conseguiu mesmo evitar o penico, que se derramou sobre as pilosidades generosas da carpete comprada há duas semanas na Feira de Espinho. O dia começava mal para José e, que soubesse, não se previa nenhuma final mundial.
No quarto, ainda na penumbra, um peixe vermelho nadava no aquário e um Buda jazia numa floresta de bibelôs. Num canto, as pantufas azuis de José brilhavam, com as lantejoulas a reflectirem o emblema do clube que mais ganhos lhe tinha dado.

- Quem é? - perguntou, já na sala, agarrado a um galgo de louça que tinha comprado há um ano numa viagem a Barcelos.
- Polícia! Judite! - ouviu do outro lado. José beliscou-se. Seria um pesadelo? Não era. O relógio do vídeo piscava, anunciando que faltavam cinco minutos para as sete horas.
- Abra. Temos um mandado de busca! - voltou a ouvir.
- Provavelmente, bebi de mais a noite passada - ainda pensou José. - Polícia? Não pode ser, eles disseram-me que...

A porta caiu ao segundo pontapé, abrindo uma série de comentários que ainda hoje ninguém sabe a quem atribuir.
- Mas o que é isto?
- Que cheiro...
- Que fazem aqui estes homens, Zé?
- Estou feito...
- Calma, Zé, isto só pode ser brincadeira...
- Brincadeira? Só se for de mau gosto.
- Meus senhores, isto é muito sério.
- Mas eu estou inocente...
- É o que vamos ver...
Aqui, as luzes acenderam-se. E também se fez luz na cabeça de José. Alguém o denunciara à polícia. E foi então que desmaiou, urinando pelas pernas abaixo. Lá fora, na pacata aldeia de José, Rex, o cão de estimação de toda a gente, morria de ataque cardíaco depois de mais uma aventura com «Lacie». Na loja do Senhor Gomes bebiam-se os primeiros bagaços do dia, e um pouco por todo o País dormiam em paz os senhores do futebol. Mas naquela casa, naquela modesta casa, as sombras agitavam-se na luz. E o cheiro da urina impregnava o ambiente. José arribou um pouco mas continuava no mesmo pesadelo. Voltou a desmaiar e cagou-se. Um polícia vomitou e o outro pediu uma cerveja. Iniciava-se a investigação.
Quando bebia o segundo gole de cerveja, o agente Marques descobriu a garrafa de leite. Que não tinha leite, mas dólares. E no meio dos dólares, lá estava A PROVA. Um cheque!
Guímaro voltou a recuperar os sentidos. Mais calmo, mas sempre a cheirar mal, começou a responder às perguntas dos polícias sentado num sofá de pele de camelo que comprara em Marraquexe, ao que disse, embora desde logo um dos agentes desconfiasse que tal mastodonte tivesse viajado mais de mil quilómetros até ali estacionar.
- De quem é este cheque? - perguntou, tentando ser duro, um dos agentes, o Pires, cuja maior ambição era ser plantador de Kiwis na costa alentejana.
Guímaro hesitou, pigarreou e, vendo que não podia fugir da questão, acabou por dizer:
- É de um dirigente desportivo e foi para comprar leite.
- Leite?! - reagiu o agente Marques, que também era bombeiro voluntário nas férias grandes, em Bemposta.
Dali já não saía mais nada. E o cheiro!... Por isso, os agentes tomaram uma decisão:
- Vá lavar-se que está preso!
Enquanto Guímaro se vestia, Pires e Marques aproveitaram para lhe revistar o automóvel, um «Volvo» topo de gama. No porta-luvas, encontraram dois bilhetes de avião para Madrid e uma miniatura da Nossa Senhora de Fátima. No banco traseiro, os jornais desportivos, espalhados, não deixavam dúvidas: o nível técnico de Guímaro encontrava-se algures entre a bosta de vaca e o vomitado de canguru.

Mas nem era bom falar nessas coisas, pois os agentes da PJ ainda estavam enjoados com o cheiro que encontraram dentro da modesta vivenda de José. Antes de partir para Lisboa, Marques quis voltar ao quarto de Guímaro. Debaixo do colchão, encontrou duas promissórias de cinco e doze mil contos. O importante era o cheque. Podia ser mesmo mate. Mas, apesar da anestesia mictórica e afins, o faro policial dos agentes ainda conseguiu percepcionar uma agenda sob o telefone.
- Porque é que tem aqui o nome do Senhor Adriano Pinto? - perguntou o Pires.
Guímaro apertou o nó da gravata e, sabendo que não podia encobrir o nome de um dos grandes barões do futebol, respondeu um pouco envergonhado:
- Esse número é da minha mulher...
- A sua mulher tem negócios com o Senhor Pinto?
- Não é bem isso - disse Guímaro -, acontece simplesmente que eles são muito amigos, e como eu apito sempre jogos longe de casa, o Senhor Pinto faz o favor de passear ao domingo com a minha mulher. É muito simpático da parte dele.

A mulher de Guímaro é que continuava a não falar. A filha chorava num canto da sala. E assim partiram para a capital.
O dia nascia quente. Nos campos, os homens iniciavam a faina, e um «TIR» punha as tripas do Rex de fora, fazendo rolar a sua cabeça para a valeta, onde ficou de olhos abertos, como se estivesse atento à partida de Guímaro para Lisboa, algemado, no banco de trás de um reles Fiat «Tipo» apenas de três portas e com o escape meio roto. Ao mesmo tempo, outras brigadas da «Judite» atacavam noutros pontos do País. A «Operação Golpe de Estádio» estava finalmente em marcha.
Na casa de Reinaldo Teles, na cidade do Porto, este conhecido dirigente preparava-se para se deitar quando a campainha soou. Eram sensivelmente 7 horas, e a madrugada já se apresentava quente.
- Polícia!
Reinaldo, empresário da noite, ex-campeão de boxe, como lá mais para diante se verá, fez a sua melhor pose para enfrentar os agentes, tentando adivinhar o que é que se estava a passar. Num primeiro momento, pensou que tinha sido traído por uma das suas putas e talvez por isso é que exclamou...
- Puta de vida!
A polícia entrou e inquiriu:
- Onde guarda os documentos?
- Que documentos?
- Documentos.
Reinaldo quis saber mais.
- Isso tem a ver com droga?
Irritado, Borges, o agente 23 da 2ª secção, abanou a cabeça.
- Não, se tivesse a ver com droga não tínhamos tocado à porta. E agora deixe-se de conversa e mostre-nos os documentos.
- Droga de vida! - voltou Reinaldo a descair-se. Reinaldo mostrou o passaporte e o bilhete de identidade.

- Já visitei 24 países! - disse, sem que ninguém registasse o menor espanto.
- Já fui à Letónia! - insistiu.
- Queremos mais! - gritou o Borges com aquele olhar parado que a malta lá na «Judite» tentava sempre evitar, pois era sinal de que o dia não estava a correr bem ao agente 23. Nessas ocasiões, Agostinho, o seu parceiro contava até 24.

Reinaldo pressentiu o perigo e abriu o cofre. E os agentes foram rápidos na busca.
- Quem lhe deu este cheque? - quis saber o Borges.
Reinaldo quase foi fulminado pela pergunta, mas aguentou o «murro», pois era homem para não se ir abaixo facilmente e não queria deixar ficar mal o patrão. Reinaldo o que queria era morrer. Pensou que tinha terminado ali a sua fulgurante carreira de dirigente desportivo. Num curto lapso de tempo, recordou a sua ascensão no clube que sempre amou: chulo, pugilista, seccionista, segurança, amigo pessoal do patrão, seu confidente e, finalmente, único homem em quem ele confiava.

- E eu a pensar que um dia seria tão famoso como a Carmen Miranda - disse baixinho.
A documentação encontrada foi considerada insuficiente para determinar a prisão imediata de Reinaldo Teles. Embora relutantes, os agentes retiraram-se, não sem antes admirarem uma reprodução de «Mona Lisa» que lhes sorria no corredor de acesso à porta principal da casa de Reinaldo. Reinaldo estava aliviado e correu atrás dos agentes.
- Senhor Borges, não quer um café.
- Não senhor, prefiro um poema - e bateu com a porta na cara de Reinaldo, que estava longe de pensar que o agente 23 ia aos jogos de futebol para se inspirar. O estádio para ele seria sempre «um pequeno búzio onde murmura o mundo», como um dia escreveu o poeta Álvaro Magalhães. «Mas isso é muito areia para a pick-up do Reinaldo», pensou, enquanto entrava no seu automóvel com aquele olhar parado muito especial que levou o seu colega a preferir regressar à sede montado num velho autocarro: o «78».

Na sua casa, ainda descalço, Reinaldo Teles respirou fundo, mas o telefone já tocava.
Do outro lado da linha, tremendo de medo, ouviu-se a voz do seu fiel amigo Jorge Gomes, ex-jornalista e ex-bate-chapas promovido à pressão como paga de favores no tempo da sua meteórica ascensão como dirigente desportivo, num ano da grande seca que rebentou com os stocks da «Super Bock».
- Revistaram a minha casa, Reinaldo.
- Também a minha foi revistada, Jorge. Estamos feitos.
- Tem calma, pá, o chefe tem muita força. É intocável.
- Mas nós não somos...
- Ouve lá, mas não estás filiado no partido?
- Estou, mas para que é que isso serve? Pá, vamos é ter calma, não te enerves, o general não nos vai deixar cair, com medo que a gente chibe. Levaram-me um cheque, Jorge. E aí, encontraram alguma coisa?
- Não sei, ainda não vi bem. Mas eu estava limpo. Quiseram apenas saber como é que eu levava um vida tão boa a ganhar apenas 90 contos por mês. Os gajos até sabiam que eu tinha dado um apartamento à minha amante...
- Tamos feitos!
- Calma, Reinaldo, agora sou eu que te digo para teres calma. Ainda não fomos dentro.
- E terá ido alguém?
- O Guímaro?! A esta hora já está preso...
- Mas desliga o telefone que já deve estar sob escuta. Vamos falar disto com o chefe, no clube.
Reinaldo bebeu um café que a mulher, Luísa, lhe serviu antes de sair de casa e mandou a filha comprar os jornais desportivos.
- Vamos matar o filho da puta que nos denunciou - atirou, entre dentes, e a salivar pelo canto esquerdo da boca.

Para recordar velhos tempos, fez um movimento de pernas, golpeou o ar com um gancho de esquerda e terminou com um directo aos queixos de coisa nenhuma. O peixinho vermelho do aquário boiava de barriga para o ar.
- Porra, quantas vezes tenho de dizer que não se pode dar comida a mais ao animal, minha besta! - berrou Reinaldo, entornando o café nas calças de linho, o que o levou a mais um movimento de pernas que a idade já não lhe consentiu, pois terminou estatelado no tapete de Arraiolos que tinha à entrada da casa de banho.
- Puta de vida - gemeu, com um bolbo já a crescer-lhe na canela.
A polícia tinha colocado em marcha uma operação de grande envergadura. O objectivo era claro: apanhar a rede de corruptores e corrompidos envolvidos no mundo da arbitragem portuguesa. A operação nascera há vários meses, após algumas denúncias. Os jornais desportivos tinham-se mesmo antecipado à investigação policial. E, no meio futebolístico, as histórias sucediam-se. A polícia não podia ignorar mais o que se passava nos bastidores da bola.

A organização tinha quatro anos de histórias de malandrice. A rede era já um polvo.
Do artesanato dos primeiros tempos, passara-se ao mais refinado profissionalismo. A empresa, altamente lucrativa, mas sem nome ou registo comercial, movimentava, por semana, milhares de contos. Isentos de tributação, o que ainda dava mais gozo...
Reinaldo era o operacional. O patrão era, obviamente, Pinto da Costa. E Jorge Gomes nunca se importava de sujar as mãos e de dar a cara. Os outros dois desconfiavam mesmo que seria capaz de se submeter a uma lobotomia por amor à causa (amigos do círculo mafioso garantiam mesmo que isso já tinha acontecido). Não era necessário mais ninguém nas operações especiais.
Era tudo muito claro: metade de cada aposta para eles, outra metade para os árbitros.
Os «patos» estavam sempre dispostos a entrar com muita massa, principalmente na recta final do campeonato. Quando as provas principais se iniciavam, o estado-maior decidia logo quem subia e quem descia, na certeza de que era nos escalões mais baixos que mais alto se ganhava.
Eis um bom exemplo do sucesso desta empresa sem nome: um clube da I Divisão investiu no final do campeonato, 50 mil contos para evitar a descida. O dinheiro foi entregue a Jorge Gomes.
Mas o clube desceu, pois por vezes a bola teimava em ser mesmo redonda. Ou, se calhar, foi o Jorge que se esqueceu dos pagamentos.
Quando a polícia começou a investigar, pensou que seria fácil apanhar os tubarões. Mas rapidamente percebeu que tinha de usar um isco de alta qualidade. Não chegava armadilhar um cheque. Aliás, essa tinha sido uma táctica que o advogado (Lourenço Pinto) do patrão tinha usado para fazer o seu show-off, apanhando assim um juiz de campo que estava mais que chamuscado. De um dia para o outro, com a polícia em campo, a música deixou de se ouvir, os pares imobilizaram-se no meio do salão e alguém gritou, quase em pânico: «Chamaram a polícia!». Desde esse dia, tudo mudou. Os árbitros fugiam como o Diabo da cruz de qualquer contacto, o volume de negócios caiu abruptamente e uma calma de morte instalou-se no mundo da bola. O gestor da conta de Jorge Gomes ousou até perguntar-lhe se estava a pensar mudar de banco, o que provocou no titular da segunda maior conta daquela agência uma reacção eléctrica:
- Homem, não me fale em bancos que me faz lembrar os tribunais...

A caminho de Lisboa, José Guímaro contava os marcos quilómetros. «Um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove, mais um quilómetro, um, dois...»
- Cala-te, pá, que ainda me fazes dormir! - gritou o agente Pires, que era quem conduzia o Fiat «Tipo».
- Deixa-o lá, pá, ao menos o gajo demonstra que sabe contar.
Guímaro ia responder com uma «contas é comigo», mas travou a tempo.
- Quero mijar - disse baixinho.
Os agentes não ouviram bem.
- O quê?
- Quero urinar - corrigiu, pensando que se tinha excedido.
O «Tipo» encostou à berma da estrada nacional, e Guímaro foi convidado a sair. Os dois agentes discutiam alguns pormenores da missão quando o voltaram a ouvir.
- Senhores, algemado não posso fazer chichi...
Mas teve de fazer.
- E faz tudo agora! - gritou o agente Pires.
- Mais cedo ou mais tarde, o gajo vai deitar tudo cá para fora - juntou o seu colega de profissão.
Mas Guímaro riu-se para dentro. O problema principal, afinal, era não poder fazer uma mijinha a tempo e em condições. O resto, ia resolver-se. «A propósito» - pensou -, que «será que o patrão já sabe o que me aconteceu?». Foi uma pergunta fatal. Depois dela Guímaro, perdeu a conta aos marcos quilométricos.
- Não te esqueças, temos de parar em Rio Maior para comprar um pão-de-ló - fez questão de avisar o Marques, acendendo mais um «suave».

O dia prometia ser longo e quente. O «Tipo» derrapou ligeiramente numa curva e desapareceu no lusco-fusco, preparando-se para ultrapassar um comboio de camiões. O castelo de Pombal continuava no seu sítio. O Marques nem por isso...
O patrão, o chefe, ele, já sabia. E já esperava. Melhor do que ninguém, ele sabia que aquilo um dia ia acontecer. Aliás, já tinha até avisado os adeptos do seu clube para as possíveis manobras das forças da ordem. Coisas de filmes, pensou, antes de passar à consulta dos recortes de jornais, devidamente destacados a amarelo por Jorge Gomes, mestre na confecção de coisas miúdas e autor de uma obra prima na restauração de um Fiat 600 que fora esmagado por uma «Berliet».
Pinto da Costa, ele, o chefe, pois, o patrão, o «boss», pediu à telefonista que lhe bloqueasse a linha. Precisava de reflectir. Com a gatinha de estimação no colo, sentou-se no sofá e perdeu-se nas suas recordações.
Há 20 anos...

segunda-feira, outubro 23, 2006

Futebol: Sporting 1 x FCP 1 - Quando a SORTE não nos acompanha...

O empate foi um mau resultado face ao produzido pela nossa equipa no encontro da noite passada. Mais uma vez, futebol ofensivo consistente e pressionante, oportunidades de golo e... vitória nada! Mais uma vez, lance decisivo na área contrária com potencial determinante para o resultado final e... bola no ferro!
Se entrámos bem no inicio do jogo e acabámos da melhor maneira possivel a 1ª parte, começámos a 2ª sofrendo um golo mercê de uma defesa "tenrinha" (Ricardo incluido). Mesmo assim a equipa reagiu, voltou a pressionar, mas não conseguiu materializar o ascendente no jogo, acabando ainda por se desconcentrar no final da partida, permitindo algum assédio portista nos últimos minutos do jogo. Tudo resumido, dificilmente vamos voltar a ter uma oportunidade como esta de bater um FCP frouxo, apagado, amedrontado por vezes, e tão ultrapassável.
Destaques positivos na nossa equipa:
- Yannick: claramente o jogador em melhor forma do plantel actualmente;
- Paredes: mesmo numa posição que não é a sua (para quando PB o devolverá á sua posição de origem?!), esteve muito bem e enganando-se por 2 vezes, esteve perto de marcar;
- Polga: imperial, classe pura, enorme exibição;
- Liedson: tenta tudo mas o titulo do post aqui encaixa que nem uma luva!
Pela negativa também há a referir:
- Custódio: nunca acertou com o ritmo de jogo, não entendo a sua titularidade e pior ainda a sua manutenção em campo quando PB decidiu mexer na equipa;
- Ricardo: um erro de palmatória e pior ainda uma indignação ridicula quando confrontado educadamente pelo reporter na flash interview sobre possiveis (eu diria óbvias!) responsabilidades no lance.
- Nani: apetece-me dizer que é o que dá estes endeusamentos precoces. Precisa de voltar á realidade e rápido, e essa apresenta-nos um jogador com dificuldades normais em ter um rendimento constante ao mais alto nivel a este ritmo de jogos bisemanal para a sua idade. Solução passa só e unicamente por mais trabalho com a máxima humildade.

domingo, outubro 22, 2006

Futebol: Convocados para atacar a Liderança

Aqui fica a lista de convocados por Paulo Bento para atacar a liderança da Liga frente ao FCP em pleno Alvalade XXI:
Guarda-redes: Ricardo e Tiago
Defesas: Polga, Caneira, Tonel, Miguel Garcia e Miguel Veloso
Médios: Carlos Martins, Rodrigo Tello, Nani, Farnerud, Custódio, João Moutinho, Romagnoli e Carlos Paredes Avançados: Alecsandro, Yannick Djaló e Liedson.
Destaque principal para o regresso de Miguel Garcia por troca directa com Abel em relação á convocatória anterior, o que deixa antever uma preocupação defensiva normal face ao esquema táctico do FCP de Jesualdo em 4x3x3, permitindo a opção clara de Miguel Garcia fechar com os centrais e não o trinco, como aconteceu com o Bayern, desiquilibrando a luta do meio-campo e permitindo a utilização da meia-distância totalmente livre por parte do adversário. Sabemos que nesse aspecto o nosso adversário de hoje também pode capitalizar, com Raul Meireles ou Lucho, a serem alvos de uma atenção mais cuidada nesse aspecto do jogo.
Quanto ao nosso argumento mais forte, vai no meu entender, para a exploração do ponto mais fraco do actual FCP - Bruno Alves. Liedson pode e deve fazer miséria contra este central, basta para tal que recupere a sua veia goleadora e com as suas saidas ás laterais e diagonais embaladas para aparecer a concluir na área, será o regresso do Levezinho!
Quanto ao onze, não deverá andar longe de:
Ricardo; Miguel Garcia, Tonel, Polga, Caneira; Miguel Veloso, Moutinho, Martins, Nani; Alecsandro e Liedson.
Ficando Yannick para a substituição previsivel de Martins face a um défice natural de ritmo e capacidade fisica para os 90 minutos, e Tello para lateral numa perspectiva de maior risco face a um resultado desfavorável saindo Miguel Garcia e transitando Caneira para a direita como o fez contra o Bayern.
Pena não existirem mais opções de ataque, mas Bueno não pode ser considerada uma opção válida de ataque.

sexta-feira, outubro 20, 2006

Golpe de Estádio #03: As Personagens

PINTO DA COSTA:
Começou no FC Porto nos anos 60 como dirigente do andebol, passando depois pelo hóquei em patins e pelo boxe. Nessa altura era um simples gerente de uma empresa de fogões.
Chegaria a chefe do departamento de futebol apenas no final da década de 70, no mandato de Américo de Sá. Tomou o poder e impôs a sua lei. Foi gerente de uma empresa chamada Pincor do ramo das tintas, que terminou os seus desgraçados dias com avultadas dividas á banca. Aliás como todas as empresas onde se meteu. Algumas de electrodomésticos. Todas faliram. Devido ás muitas falcatruas que fez, incluindo passar cheques sem cobertura, foi condenado e proibido de passar cheques e de constituir empresas. Para deixar a empresa onde trabalhava, Pinto da Costa ainda teve que pagar sete mil contos e ficou sem carro por uns tempos. O milhão e tal de contos das transferências de Futre e Rui Barros tinha desaparecido sem deixar rastos e tinha deixado de...rastos PC, a contas com a justiça, por cheques sem cobertura e penhoras a bens pessoais. Foi um momento difícil, mas que não abateu o presidente, levando-o antes a pensar que o seu negócio era o futebol. Esteve sem ir a Aveiro durante 5 anos por causa de alguns processos por falências fraudulentas. Os seus sócios dessas empresas tiveram que fugir para o Brasil. Mas a ele alguém lhe pagou as dívidas. Alguns poderosos do Norte, como Belmiro de Azevedo, Artur Santos Silva, etc. No princípio chegou a investir muito do dinheiro que tirava do FC Porto, nas empresas de familiares seus mas faliram todas. Depois passou a ficar com tudo. Criou a Cosmos, agência de viagens que lucrou imenso com as viagens dos clubes, obteve exclusivos com a Federação que obrigavam os clubes a viajar nessa agência. Esteve metido no negócio da droga, com Luciano D´Onofrio (Aveiro Connection). Com a Olivedesportos fez muito dinheiro, como com todos os negócios do FC Porto, vendas e compras de jogadores, corrupção de árbitros, etc. Assim enriqueceu e tem hoje uma considerável fortuna.
Estudou num seminário, onde desde novo mostrou as capacidades que hoje lhe são reconhecidas.
Pinto da Costa passou a sua idade escolar num colégio onde imperava um grande influência da religião católica e quando atingiu o liceu foi internado num colégio de padres (Jesuíta). Dos mais prestigiados do Norte do País. Ali fabricavam-se verdadeiros homens. Eram testados como cobaias para poderem enfrentar no futuro as mais adversas contrariedades da vida. Uma das disciplinas era constituída pela defesa individual de cada aluno perante toda a turma e, já nessa altura Pinto da Costa era o mais desenvolto no uso no discurso, na sua capacidade de raciocínio rápido e retenção na memória de dados essenciais. Inteligente e astuto como um verdadeiro jesuíta, bem cedo começou a demonstrar um grande sentido de chefia. Sabia como dividir para reinar, utilizando um ar cândido e descomprometido quando algumas atitudes de má-fé lhe eram dirigidas. Atirava a pedra e sabia como esconder a mão. Mas a sua verdadeira arma era a grande capacidade de trabalho e a completa dedicação a tudo o que fazia. Chegou a pensar ordenar-se padre, e o director do colégio apostava que , se ele seguisse essa carreira, iríamos ter o segundo papa português. A sua postura, a sua forma de falar e de estar deram-lhe sempre um toque clerical. A mesma mão que abençoava os amigos, empunhava a cruz onde ele havia de crucificá-los. Cativava, fazia amizades com facilidade e sabia como as utilizar e destruir como se nunca tivesse culpa de nada. Sendo religioso não pensava sequer em trair a sua esposa. Mas quando foi iniciado por Reinaldo Teles nas suas casas de sexo, tomou-lhe o gosto. Ficou viciado. Aliás a sua actual mulher, da qual tem uma filha, é uma ex-prostituta que conheceu num dos bares de Reinaldo Teles. Também usou anfetaminas durante algum tempo. Para aguentar as vitórias, o fanatismo anti-mouros, a idolatria que os adeptos do clube lhe devotavam, a guerra que os seus inimigos lhe moviam e as sessões diárias de sexo era preciso muito "speed".

REINALDO TELES:
Empresário da noite, ex-campeão de boxe, dirigente desportivo. A sua fulgurante ascensão no clube que sempre amou: chulo, pugilista, seccionista, segurança (capanga), chefe dos capangas (mais tarde passou a ser Joaquim Pinheiro, seu irmão), amigo pessoal do patrão, seu confidente e finalmente, único homem em quem ele confiava.
Em 1981/82 Reinaldo Teles, campeão nacional de boxe e na altura treinador, foi a solução encontrada por Américo de Sá(presidente da altura), para controlar as agitadas assembleias gerais. Ex-pugilista, brigão, chulo e nutrindo uma certa paixão por negócios ilícitos, ofereceu-se para arrumar a casa e impor a ordem nas confusões programadas por Pinto da Costa. Era treinador de boxe do clube e reuniu os seus rapazes para patrulharem a sala, e o certo é que com alguns murros e cabeçadas acabou por conquistar o lugar de chefe da segurança de Américo de Sá.Nessa altura, Pinto da Costa temia-o, porque não era um brigão vulgar e muito menos um marginal estúpido e incompetente. Reinaldo Teles tinha um espírito e uma personalidade muito idênticos aos de Pinto da Costa. Dava as ordens para descascar á fartazana e depois surgia como o apaziguador, o bom rapaz que nada tinha a ver com toda aquela violência. Pinto da Costa detestava-o, mas viu nele a solução para o futuro.

Reinaldo Teles era um ás a esgrimir os punhos, sabia avaliar com grande exactidão a capacidade dos seus adversários, e quando não os podia vencer trazia-os para junto de si. Um anjo, este rapaz que veio bastante jovem de uma aldeia transmontana para servir numa tasca de um tio. O estabelecimento estava aberto toda a noite, numa altura em que ainda existiam poucas discotecas. E as que funcionavam em pleno estavam viradas para o alterno e a prostituição. Mas R. Teles sabia que "putas e vinho verde" só combinam nas horas e nos locais certos. Havia que tratar da vidinha. Ainda estava longe de ser o rei da noite.
Ajudava o seu tio pela madrugada dentro e vivia com entusiasmo as cenas de pancadaria entre azeiteiros, putas e marginais. O seu sonho era um dia vir a ser como eles. Homens valentes, com charme, e mulheres tratadas a pontapé a levarem-lhes o apuro da noite e o que até tinham roubado ao prazer. Deu uma tareia a um chulo por causa de uma das suas prostitutas, com quem perdeu a virgindade. Os dois estavam apaixonados. A prostituta gostava do miúdo, era forte e atrevido, mas para ficar com ele tinha de pensar numa forma de o proteger. Reinaldo tinha punhos, mas faltava-lhe a experiência. De súbito, veio a solução. Ela tinha um cliente que era treinador de boxe do maior clube da cidade (Porto) e ia-lhe apresentar Reinaldo Teles para o rapaz poder ir lá fazer uns treinos. Uma semana depois, o tal treinador de boxe disse á prostituta que Reinaldo tinha futuro. A partir daí, quando as coisas aqueciam na tasca do seu tio, R. Teles fazia uns treinos extra, passando a ser conhecido e respeitado. Depois de fechar a tasca, aproveitava a boleia de um amigo e ia ter com a sua amada prostituta, que atacava em Santos Pousada. Reinaldo começou a somar êxitos no boxe e acabou por deixar o emprego na tasca do seu tio para se colocar como segurança e porteiro numa casa de alternos. Foi aí que conheceu a sua futura mulher, também puta (Luísa Teles, actual dirigente do FCP).
Reinaldo Teles tinha-se tornado num dos chulos mais importantes da cidade e, com a ajuda da nova puta, acabou por comprar o seu próprio estabelecimento. O rapaz tinha jeito para o negócio, e a sua namorada tinha uma perspicácia tremenda para escolher as melhores putas. Ambicioso, inteligente, hipócrita e já com algum poder económico, Reinaldo Teles tinha apenas mais um sonho: ser campeão nacional de boxe. Ele era bom de punhos, mas havia outros melhores. Com algum sacrifício e habilidade, conseguiu chegar á fase que lhe permitiu disputar o título. O seu adversário era poderoso e Teles não se podia arriscar a deixar fugir o seu sonho. Sempre inclinado para negócios marginais, colocou logo em prática um plano diabólico. Ele sabia que no boxe profissional a corrupção por parte de grupos marginais era uma prática constante e quase normalizada, e num ápice resolveu o seu problema. Contactou o seu adversário, negociou a vitória no terceiro "round" e um KO mal disfarçado deu-lhe a oportunidade de saltar no ringue elevando as luvas em sinal de vitória. Era importante para o seu negócio que os jornais noticiassem no dia seguinte que ele era o novo campeão nacional de boxe. Aquele título significava respeito e medo. Os factores mais importantes para quem quer gerir com tranquilidade uma casa de alternos e de prostituição.
Este fora o seu primeiro acto no mundo da corrupção, e Teles ficou fascinado com o poder do dinheiro. Afinal, ele tinha feito um investimento altamente rentável. Pagou para conquistar o título, realizou o seu sonho e duplicou a facturação no seu estabelecimento. Ninguém se arriscava a criar conflitos na sua área de alternos e muito menos a deixar contas penduradas.
Os punhos de um campeão eram sempre temidos.

JORGE GOMES:
Ex-jornalista e ex-bate chapas promovido á pressão como paga de favores no tempo da sua meteórica ascensão como dirigente desportivo. Mestre na confecção de coisas miúdas, destacava os jornais para o patrão, e ocupava-se dos famosos arquivos, usados para Pinto da Costa arrasar os seus inimigos na comunicação social, aliados claro á sua boa memória. Jorge Gomes foi corrido da SAD do FCP, por se ter zangado com Pinto da Costa e hoje trabalha com José Veiga.

Golpe de Estádio #02: Introdução

Quando a Polícia Judiciária começou a investigar a rede de corruptores e corrompidos envolvidos no mundo da arbitragem portuguesa a rede era já um polvo. Do artesanato dos primeiros tempos, passara-se ao mais refinado profissionalismo.
A empresa, altamente lucrativa, mas sem nome ou registo comercial, movimentava, por semana, milhares de contos. Isentos de tributação, o que ainda dava mais gozo... Reinaldo Teles era o operacional. O Patrão era, obviamente, Pinto da Costa. E Jorge Gomes nunca se importava de sujar as mãos e de dar a cara. Não era necessário mais ninguém nas operações especiais. Era tudo muito claro: metade da aposta para eles, outra metade para os árbitros. Os "patos" estavam sempre dispostos a entrar com muita massa, principalmente na recta final do campeonato. Quando as provas principais se iniciavam, o estado-maior decidia logo quem subia e quem descia, na certeza de que era nos escalões mais baixos que mais alto se ganhava. Eis um bom exemplo do sucesso desta empresa sem nome: um clube da I Divisão investiu, no final do campeonato, 50 mil contos para evitar a descida. O dinheiro foi entregue a Jorge Gomes. Mas o clube desceu, pois por vezes a bola teimava em ser redonda. Ou, se calhar, foi o Jorge Gomes que se esqueceu dos pagamentos.

Golpe de Estádio #01: O famoso livro de Marinho Neves

Finalmente consegui ler este livro, onde o Sr. Marinho Neves conseguiu ser até hoje a pessoa que ficou mais próxima da realidade do futebol Português. Por isso mesmo foi atacado e quase perdia a vida!
Todos deveriam ler esta fantástica obra; e como tal, e para não ser acusado de ser faccioso, aqui vão as palavras de Marinho Neves; em 17 capítulos e 20 posts.


Sinopse
Muito se tem falado de corrupção no futebol português… Mas pouca coisa tem vindo a público, oficialmente. Simples má-língua contra jogadores, árbitros e dirigentes de clubes? De modo nenhum. Alguma coisa há, de facto, de verdade, que importa denunciar, para que o futebol recupere a sua dignidade. O jornalista Marinho Neves tem investigado, com coragem, este
problema tão explosivo e revela-nos aqui – sob forma romanceada – um vasto e sugestivo quadro dos modos e processos de tal corrupção em Portugal.
É certo que, neste livro, tudo é ficção... mas, ao mesmo tempo, tudo é verdade. Esta obra não passa de um romance. Nenhuma das suas personagens tem existência real... mas cada uma delas corresponde à verdade da corrupção que temos instalada entre nós. E foi em toda esta realidade que se inspirou o autor. Assim ficção e realidade misturam-se perfeitamente neste romance que se transforma em denúncia. Corajosa denúncia de um jornalista da área desportiva - que, acima de tudo, ama a sua profissão, o desporto e a verdade.
Marinho Neves nasceu no Porto. Filho de um ex-futebolista do Boavista, cedo despertou para o desporto, tendo praticado várias modalidades, mas não o futebol. Foi esta paixão pelo desporto que o levou, em 1977, a optar pelo jornalismo da área desportiva.
Logo de início, no jornal portuense Norte Desportivo, apaixonou-se pelo jornalismo de investigação. Em 1981, ingressou na Gazeta dos Desportos. E, durante década e meia, foi assinando trabalhos de relevo na luta contra a fraude e corrupção no futebol, com destaque para a denúncia do processo de recolha de líquido orgânico para o controle antidoping, obrigando a que tal sistema fosse alterado. Mas foi na luta contra a corrupção na arbitragem que mais se destacou. Em 1992, publicou uma reportagem com o título "Corruptos e bem pagos", em que denunciava vários processos de corrupção na arbitragem e como funcionavam os seus mais diferentes agentes. Foi, por isso, alvo de diversas perseguições, tentativas de agressão e uma emboscada à porta de casa.
Colaborou com a SIC em trabalhos de reportagem, tendo também participado em debates, neste canal de televisão, sobre corrupção, nomeadamente nos programas Donos da Bola e Máquina da Verdade.

quinta-feira, outubro 19, 2006

Futebol: Sporting 0 x Bayern 1 - Faltou... marcar!

Averbámos ontem a primeira derrota nesta edição da Champions e apesar de esta ter acontecido frente ao colosso alemão (sim com uma frente de ataque com Podolski, Santa Cruz, Pizarro e ainda Makaay no banco!), só devemos estar satisfeitos com o rendimento global da nossa equipa. Isto sem pretender de forma alguma, transformar uma derrota em vitória moral, tão do agrado nacional, mas sempre sinal de uma desilusão indisfarçavel. Foi pena aquele periodo de desnorte e desorganização como referiu Paulo Bento, e bem acrescentou que "... nesta competição, normalmente somos penalizados por fases menos boas durante o jogo.". Recusando desde já a explicação fácil e branqueadora da juventude e imaturidade da nossa jovem equipa, a (dura) realidade é que estivemos mal nos tais 10-15 minutos, até sofrermos o golo. Muito por uma deficiente leitura de jogo de algumas pedras fundamentais do nosso esquema defensivo, nomeadamente Miguel Veloso. Durante esse tempo andou perdido entre fechar no meio entre os centrais, sair a pressionar o portador da bola no meio-campo, marcar individualmente Santa Cruz que jogava atrás dos 2 avançados, dobrar nas laterais, resultando em... nada! Mas sublinhe-se a falta de ajuda dos seus colegas de meio-campo, onde só Moutinho não se demitiu das suas funções de recuperação e marcação nessa altura de dominio claro alemão em que se adivinhava o golo. Com a "ajuda" do árbitro este tardou mais um pouco, até que Schweinsteiger decidiu largar mais uma bomba que só parou no fundo das redes de um Ricardo que nada podia fazer, mesmo no caso deste remate ter sido desferido a uns bons 30 metros da baliza.
Depois do golo, a nossa equipa transfigurou-se, reagiu muito bem e talvez tenha tido a sua melhor fase durante todo o jogo. Rapidez, agressividade mas sem concretizar. Destaque para uma defesa incrivel de Khan a remate de Liedson. Veio o intervalo e a expulsão e o Bayern todo atrás da bola a guardar a vantagem e nós, mais uma vez, a tentarmos de todos as formas mas com o mesmo resultado, nada de golos! Infelicidade - pela bola de Polga (que grande jogo!) no poste, desinspiração Nani (jogo mediocre, sem rasgos) e a falta gritante de um avançado com poder fisico para importunar, já não digo fazer a diferença, entre os centrais adversários - Alecsandro saiu e não havia outro.
Concluindo, uma derrota sem dramas, e no final da 1ª volta (mas atenção, o calendário favorecia-nos) estamos ainda em 2º lugar no Grupo, em posição de qualificação, e a lutar com o Inter pelo apuramento, já que o Bayern parece-me já com um pé nos oitavos-final.

quarta-feira, outubro 18, 2006

Futebol: Convocados para o embate de hoje frente ao Bayern

Guarda-redes: Ricardo e Tiago
Defesa: Polga, Caneira, Tonel, Miguel Veloso e Abel
Médios: Custódio, Paredes, João Moutinho, João Alves, Tello, Carlos Martins e Nani
Avançados: Alecsandro, Carlos Bueno, Yannick e Liedson
E o onze para discutir a vitória deste o apito inicial puderá passar por:
Ricardo; Abel, Tonel, Polga, Caneira; Miguel Veloso, Moutinho, Martins, Nani; Liedson e Alecsandro.
Embora seja previsivel algum acautelamento do miolo defensivo com a dupla Miguel Veloso e Paredes, saindo Martins do meu onze ou então numa lógica de maior posse de bola e controlo de jogo com Tello, Moutinho e Nani em detrimento de Martins ainda em recuperação da melhor condição. Na frente também não estranharia a inclusão de inicio de Yannick ao lado de Liedson para apostar num ataque mais em velocidade e ruptura, ficando Alecsandro como uma opção para saltar do banco durante o jogo para maior presença fisica na área alemã, se o resultado não estiver do nosso agrado. Mas, acima de tudo fica a grande confiança que deposito, e julgo todos os sportinguistas depositam, neste grupo de trabalho, que nos vai levar certamente a mais uma vitória!
FORÇA SPORTING!

terça-feira, outubro 17, 2006

FC Bayern Munchen: História e Palmarés

O FC Bayern Munchen, conhecido em Portugal como Bayern de Munique, é o mais conhecido clube alemão da história do futebol, originário de um país tricampeão do mundo em selecções e dos mais desenvolvidos a todos os níveis, o Bayern representa a força do povo alemão.
O clube da capital da Baviera que partilha o estádio Allianz Arena (70 mil lugares) com o seu rival citadino (TSV 1860 Munchen), foi fundado em 27 de Fevereiro de 1900, e conta com 120 mil sócios, onde se destacam naturalmente figuras míticas como o Presidente Franz Beckenbauer e como o Vice-Presidente Karl-Heinz Rummenige (ex-jogadores do clube) e aposta na experiência do técnico Félix Magath para mais uma época recheada de sucessos.
O Bayern tem um palmarés enorme: 2 Taças Intercontinentais, 4 Taças dos Campeões Europeus, 1 Taça Uefa, 1 Taça das Taças, 20 Campeonatos da Alemanha e 13 Taças da Alemanha.
Tem também tal como o Sporting modalidades que não o futebol, entre as quais: xadrez, andebol, basquetebol, ginástica, bowling e ténis de mesa.
Joga regularmente como: Kahn, Sagnol, Van Buyten, Lucio, Lahm, Ottl, Van Bommel, Schweinsteiger, Pizarro, Mackaay e Podolski.
É um dos históricos da Europa, é uma das melhores equipas do mundo, é contra eles que vamos jogar... amanhã às 19h45... e como sempre... É PARA VENCER!

segunda-feira, outubro 16, 2006

Não sei se será pior a cantar do que era a apitar!

http://www.youtube.com/watch?v=9syiOOs8sMA&eurl=

Futebol: Estrela A. 0 x Sporting 1 - Comentário ao jogo

Mais uma vitória e consequentes 3 pontos a somar na tabela classificativa, que nos garantem para já a partilha da liderança na Liga com o nosso adversário na próxima jornada em pleno Alvalade XXI. Dizer que se tratou de uma vitória fácil seria claramente exagerado face á nossa produção ofensiva, mas também é justo dizer que nunca Ricardo passou por qualquer sobressalto durante todo o jogo. Aliás, acrescente-se que, desta forma, duvido que o Estrela possa ir mais além do que o lugar que actualmente ocupa. Basta ver a produção ofensiva até á data, e a de ontem, e tudo prefaz... 1 golo marcado - pobre! Para quem tenha qualquer tipo de dúvida que a mudança de treinador foi penosamente nefasta para a turma da Reboleira, basta dizer que... o Vitória de Toni foi vencer fora na Vila das Aves (outra das equipas mais fracas e mais mal orientadas da Liga)!
Mas voltando ao que realmente nos interessa, o nosso clube do coração, estamos no bom caminho apesar de algumas prestações individuais menos conseguidas (Ronny, Bueno, Romagnoli), já que podemos finalmente contar com outro número de soluções para o meio-campo onde Paredes e Carlos Martins (mesmo a meio-gás) demonstraram ser muito bem-vindos. Uma palavra para Custódio, aquela entrada violenta e totalmente injustificada não é digna de uma Capitão de equipa do Sporting CP! Por falar em Capitão - MOUTINHO JÁ!
Tudo isto na antecâmara do embate de quarta-feira com o poderosissimo Bayern Munique, onde prevejo dificuldades em muito maior número. Mas, como diz Paulo Bento a "ilusão" é muito grande e o certo é mesmo que em caso de vitória somos lideres do grupo no final da 1ª volta, o que só por si será, sem dúvida, um enorme motivo de motivação e superação para os nosso jovens leões.
Fica o onze em 4x3x3 que o Bayern apresentou de inicio na vitória caseira de 4x2 frente ao Hertha: Khan; Sagnol, Van Buyten, Lúcio, Lahm; Van Bommel, Ottl, Schweinsteiger; Makaay, Pizarro, Podolski. Golos apontados por: Makaay, Sagnol, Pizarro e Podolski.

sábado, outubro 14, 2006

Convocados para o Estrela da Amadora-Sporting no Estoril, Domingo às 20h

Guarda-redes.
Ricardo e Tiago;

Defesas:
Polga, Ronny, Caneira, Tonel e Abel;

Médios:
Carlos Martins, Custódio, Farnerud, Nanny, Miguel Veloso, João Moutinho, Romagnoli e Paredes;

Avançados:
Liedson, Alecsandro e Bueno.

terça-feira, outubro 10, 2006

Nomeação Cirúrgica: Boiquerença na Amadora

Olegário Benquerença (Boiquerença) de Leiria foi nomeado para o Amadora - Sporting a realizar no próximo dia 15 pelas 20:00 na Reboleira.
Só os mais distraídos podem esquecer a última vez que nos apitou; foi no Dragão para a Taça, numa arbitragem completamente inqualificável, sobre a qual nem me vou estender mais, pois foi demasiado descarada!
Não entendo é porque o jogo não é já na 6ª ou no Sábado, pois o Sporting depois terá que receber o Bayern logo no dia 18!
Os assistentes vão ser José Palhaço Cardinal do Porto e Luís Marcelino de Leiria.
A observar vai estar António Marques de Portalegre.
Espero que consigam ser mimimamente isentos, embora a história não jogue a favor destes senhores!

terça-feira, outubro 03, 2006

SPORTING 2 U. Leiria 0 (Nani e Liedson g.p.)

Numa noite chuvosa em que Liedson (na foto) regressou aos golos através de uma grande penalidade concretizada após derrube a Nani, foi mesmo Nani o melhor em campo, ao marcar, ganhar o penalti e espalhar toda a sua criatividade em campo.

O Sporting venceu tranquilamente um adversário motivado não só por jogar na casa da melhor equipa portuguesa da actualidade mas também por representar-se actualmente como a 2ª equipa do FC Porto na liga portuguesa.

O Sporting atingiu assim os 12 pontos e apenas não atinge o pleno de 15 em 5 jogos devido a actuação do sr. Ladrão Ferreira, não é demais relembrar que não foi apenas um golo com a mão, foram penalties e um critério disciplinar completamente distorcido em relação às duas equipas que fizeram com que um jogo que teria tudo para ser uma goleada acaba-se com uma derrota das nossas cores.

Individualmente, os jogadores do Sporting estiveram:

Ricardo (4) - Soberbo desvio para a barra após remate de N'gal na única jogada perigosa da parte da UD Leiria, sempre tranquilo, influente na expulsão de Eder já que é Ricardo que isola Nani... um verdadeiro capitão.

Abel (2) - Anda discreto, não conseguiu atingir ainda o impressionante ritmo da época passada, tem-lhe faltado continuidade, trocas constantes com Miguel Garcia não tem ajudado, ontem melhorou ligeiramente mas dá ideia de não ser o mesmo Abel.

Caneira (4) - Impressionante calma, concentração e sentido de entre-ajuda, está em todo o lado onde é preciso, fecha na ala, fecha no meio, e avança na frente sem descurar a defesa, é mais que um jogador, faz papel de vários e joga como um de nós.

Tonel (3) - Sereno, dominante no jogo aereo, mas sem grandes oportunidades para se mostrar devido a inépcia do ataque leiriense.

Polga (4) - O melhor da defesa, anda num nível de campeão, fantastico sentido posicional, enorme em todos os sentidos, influentissimo para a equipa, uma dos 4 da espinha dorsal leonina (Ricardo-Polga-Moutinho-Liedson).

Miguel Veloso (3) - Não tão exuberante como em jogos anteriores mas com uma tranquilidade que espanta para quem jogava no Olivais e Moscavide à menos de 5 meses, um trinco moderno, defende e ataca, corta e passa, e mais, ainda remata.

Moutinho (3) - Um pouco cansado, nota-se em Moutinho que anda estoirado de tanto apanhar, é indecente o que fizeram ao nosso João, tanta porrada que lhe dão que o miudo apesar de ir a todas e não se curvar perante ninguém está a atravessar um momento de menos fulgor fisico sendo no entanto sempre influente.

Tello (3) - Mais uma vez titular o nosso camisa 11 mostrou que é jogador para aquela posição, uma das poucas vezes que consegue ter continuidade na posição em que brilhava no Chile, Tello mostra que tem nível para jogar no Sporting e que será sempre uma opção válida para Paulo Bento.

Nani (5) - Sem adjectivos para qualificar mais uma fanstástica exibição do nosso médio de ataque luso-cabo-verdiano, num jogo em que preciso era partir para cima dos defesas contrários, Nani foi sempre o primeiro a fazê-lo, acabou por ser recompensado com um golo e um penalti sofrido, mas fez muito mais, destabilizou as alas, o meio e ainda ajudou a fechar na defesa, em grande...

Liedson (4) - Um golo de penalti pode parecer pouco para mais uma exibição recheada de inspiração e transpiração, Liedson lutou muito como sempre, mais uma vez não teve a sorte do seu lado na finalização mas muitos foram os momentos que fez levantar os adeptos após remates e jogadas fabulosas.

Alecsandro (4) - Um passe para golo de Nani, um grande remate num livre e uma movimentação bastante interessante, nota-se que está ali um jogador talentoso e que tem tudo para explodir nesta equipa leonina, não lhe podem é pedir o mesmo jogo que Liedson, é um homem mais fixo, de finalização.

Yannick (3) - Mais uma gazela para o ataque, numa altura que o Sporting já vencia e que pressionava o Leiria com muita velocidade, Djaló foi mais um para enconstar o Leiria atrás.

Paredes (3) - Na sua estreia na liga contribuiu para a regularização das forças no meio-campo, nota-se que é grande jogador mas não está ainda em forma devido à lesão que o atormentou.

João Alves (1) - Perguntava eu ao cherba quando faltava só uma substituição, "a que minuto entra o João Alves?", é que João Alves acaba sempre por entrar, normalmente tarde, mas entra, logo nota-se que é um jogador de equipa do agrado de Paulo Bento, não conseguimos ver quase nada do flaviense mas aguardamos.

Paulo Bento (4) - Excelente leitura de jogo, a equipa não entrou a massacrar mas entrou a controlar e a saber explorar as deficiencias do adversário, muito bem nas subtituições de Moutinho por Paredes e de Alecssandro por Yannick, mais uma vitória, e apenas uma derrota esta epoca após mãozinha de Ferreira...

segunda-feira, outubro 02, 2006

O OVO que o Quim c*gou na capoeira (4 versões)

http://www.youtube.com/watch?v=j5tNau6udr4
http://www.youtube.com/watch?v=TiXWenmyM58
http://www.youtube.com/watch?v=WTfk_NEjyjU
http://www.youtube.com/watch?v=bhx64tRbIS8

Braga, 2 - Porto, 1 (Sporting apanha Porto na liderança)

O Sporting não é desde já o líder isolado do campeonato devido aos ROUBOS escandalosos do João Ferreira no Sporting – Paços de Ferreira. Assim temos que dividir a liderança com o FCP, que ao 1º jogo “a sério” deste ano caiu aos pés do Sporting de Braga.
Muita atenção agora ao próximo jogo, na Amadora, porque “ELES” vão atacar! Embora o Estrela pareça das mais fracas equipas do campeonato, é preciso não esquecer que esta porcaria de jogo se vai realizar 3 dias antes do jogo com o Bayern; e mais 3 dias depois temos que receber o FCP em Alvalade.
Quem me dera receber o FCP á frente deles; pois é certo e sabido que se forem eles á nossa frente, vão jogar como sempre fazem, á defesa, e normalmente acabam por ganhar pelo cínico 0-1!
Uma coisa parece estar a ficar clara, Jesualdo não está a ter estaleca para os jogos mais difíceis, enquanto o Sporting acaba por ter mais dificuldades quando joga com as equipas pequeninas e matreiras.
De alguma maneira os dirigentes do Braga pareciam ter razão quando diziam que Jesualdo não tinha ambição para lutar por "algo mais" do que o acesso á UEFA!
Foi curiosa a forma triste e desmoralizada com que Jesualdo deu as entrevistas no final da partida, parecendo que até ele próprio não acredita na equipa e no seu trabalho.
Quanto ao jogo, vitória JUSTA da melhor equipa em campo, o Braga, que encontrou um FCP bastante medroso e a demonstrar grandes carências quer na defesa, quer no ataque.
Hoje também caíu por terra um "mito", o de Hélton ser imbatível, ser o melhor que até vai á selecção; pois no 2º golo parece não ser muito bem batido.
Já Andersson foi bem marcado por Madrid e não "calçou", tendo uma prestação muito fraquinha para quem irá ser o "melhor do mundo", o "sucessor de Ronaldinho"; como alguns gostam de dizer e escrever. Acho que falaram antes do tempo.
Mas atenção que este Braga é forte; e quando o Sporting lá jogar, um empate não será mau!
Jesualdo tem 3 testes importantes: LC, Alvalade e Luz. Se falhar em todos, não acredito que "coma o bacalhau no Dragão", pois até agora está a demonstrar não ter estaleca para jogos mais difíceis. Para os jogos com pequenos, Jesualdo chega e sobra, pois até golos na PB e passes a avançados do FCP têm feito. (O problema é que o Sporting já perdeu 3 pontos com uma equipinha do Paços de Ferreira de forma inacreditável!).
Sobre a arbitragem de Lucílio Baptista, posso dizer que esteve bem ao não marcar 2 penalties que o jogadores do FCP tentaram CAVAR, assim como num suposto penalty contra o FCP em que a bola vai á mão e não o contrário.
Esteve muito mal ao só dar amarelo a Quaresma quando pela 2ª vez pontapeou a bola; e esteve péssimo ao não expulsar Pepe, pois este reclamou de um amarelo e enfurecido atirou com a bola bem à frente dele! Uma vez que na jornada anterior tinha expulso bem Léo do Benfica por lhe bater palmas irônicamente. Mas como o FCP perdeu o jogo, "tudo bem".

Apitos e Assobios: Rui Alves

O Nacional da Madeira terá aliciado árbitros na época 2003/2004, proporcionando-lhes «noitadas», de acordo com documentos incluídos no processo «Apito Dourado» citados esta segunda-feira pelo Correio da Manhã.

No referido jornal pode ler-se que o presidente do clube insular, Rui Alves, foi mesmo constituído arguido, sendo que o seu caso foi arquivado por não ter sido provada uma ligação entre os encontros com prostitutas e o eventual favorecimento por parte dos árbitros.

in www.abola.pt

Grandeza do Sporting reconhecida em Itália

http://www.gazzetta.it/Calcio/Estero/Primo_Piano/2006/09_Settembre/28/SIBERIANA.shtml

domingo, outubro 01, 2006

Futebol: Lista de Convocados para a recepção á U.D. Leiria

Aqui fica a lista dos jogadores convocados por Paulo Bento para defrontarem a União Leiria, amanhã pelas 19.15h no Alvalade XXI.
Guarda-redes: Ricardo e Tiago.
Defesas: Polga, Ronny, Caneira, Tonel, e Abel.
Médios: Miguel Veloso, Tello, João Moutinho, Romagnoli, Paredes, João Alves, Nani e Yannick.
Avançados: Alecsandro, Liedson e Bueno.
Notas de destaque para as ausências, apesar da recuperação total de lesão, de Carlos Martins, Custódio e Farnerud que terão obrigatoriamente de recuperar ritmo e forma fisica e técnica para poderem marcar presença em fututuras convocatórias. Saliente-se ainda a não-inclusão de Miguel Garcia, o que deixa antever a titularidade de Abel (espero que a aproveite ao nivel que fez com o Inter e a agarre em definitivo) ou então Caneira na direita e Ronny (lateral muito ofensivo) na esquerda. Paredes parece-me fará a sua estreia a titular nesta Liga BWin.
Assim fica o meu onze para amanhã:
Ricardo; Abel, Tonel, Polga, Caneira; Paredes, Moutinho, Tello, Nani; Alecsandro e Liedson.

Futsal: Benfica 1 x Sporting 2 - Mais um abate em pleno galinheiro

Excelente vitória da nossa equipa de futsal em pleno "galinheiro" por 2 x 1. De salientar as prestações do nosso reforço maior - Davi, a juntar aos já categorizados leões Bibi, Evandro, Zezinho, Deu, etc. Uma palavra especial para Cristiano que também chega esta época com a responsabilidade de substituir João Benedito e, mais uma vez, demonstrou estar á altura de defender as redes do Campeão Nacional. Parace que afinal o projecto supostamente "ganhador" do Benfica para esta epoca no futsal, não passa de um projecto "gastador". Será que Bebé e Gonçalo Alves já estão arrependidos da troca? Afinal, o dinheiro não é tudo!