Mas sem dúvida que é o mais apaixonante dos jogos em Portugal.
Um Real - Atlético, um Barça - Espanyol ou Sevilha - Bétis muito raramente têm o mesmo impacto devido à diferença de valor e grandeza numa mesma época entre as equipas.
O derby Português foi sempre entre equipas com os mesmos objectivos e sempre muito próximas na classificação.
A maior diferença classificativa é de 4 lugares (Sporting 2º e Benfica 6º), mas foi uma excepção inédita.
Muitos decidiram o campeão, outros serviram para tirar o campeonato e dá-lo ao FCP ou Belenenses.
Houve até jogos onde o árbitro deu o campeonato a uma das equipas:
O 1º derby foi em 1907 (100 anos): Benfica, 1 - Sporting, 2.
O Sporting contava no seu plantel com alguns dissidentes Benfiquistas, que se consta terem trocado de emblema por 3 motivos:
- Jogarem em campo próprio;
- Banhos de água quente;
- Equipamentos novinhos e lavadinhos nos intervalos.
Na imagem (1908) Francisco Stromp pelo Sporting e Cosme Damião pelo Benfica.
Em toda a história só por uma vez andaram de braço dado, em 1980 quando depois da chegada da Máfia ao Porto após o 25 de Abril.
Pedroto e Pinto da Costa vieram poluir e conspurcar o futebol Português com a sua táctica do “mete-nojo” e do “bota-abaixo”.
Nasceu o sistema e as equipas sarrafeiras com 90% de jogadores com bigode.
Começaram os adeptos Andrades (mais tarde Dragões) a encher o peito e a sair da toca, começamos a ver gentinha sem dentes, de chinelos e avental a comemorarem campeonatos, sempre preferindo insultar os rivais a dizer bem da sua equipa!
O FCP ganhou o BI (77/78 e 78/79) preparando-se para o inédito TRI, que falhou por 4 pontos mais a desvantagem no confronto directo para o Sporting.
Na final da Taça no Jamor (79/80) o Benfica bateu o FCP, deixando os Andrades em branco nessa época, o que até os veio a ajudar, pois a seguir foi o “Verão Quente”, com a famosa greve, a partida de Pedroto para Guimarães (não foi para o Sporting porque o João Rocha não lhe deu a VERBA para a arbitragem) e mais tarde o Papa USURPOU a Presidência a Américo de Sá, instalando-se definitivamente no trono.
Nessa final da Taça em 1980, foi a única vez na história que Benfica e Sporting andaram de braço dado:
RIO-AVE ACABOU COM O ESTOFO, VARZIM COM O TRI.
BENFICA GANHA A TAÇA E O PORTO CAI EM DESGRAÇA.
BENFICA-SPORTING. UNIDOS-SEMPRE!
Penso que foi nesta altura que nasceu a cantilena que se ouvia na escola primária:
“Sporting campeão! O Benfica ganha a Taça e o Porto come a massa”.
Finalmente em 1987, depois de vencer a Taça dos Campeões, o FCP adquiriu finalmente o estatuto de Grande, passando então o futebol Português a ter 3 grandes; mas o derby Sporting - Benfica será sempre o grande jogo do futebol Português!
9 comentários:
Não sabia de tal amizade...
Será sempre o jogo maior do nosso campeonato, logo seguido por um Sporting x Benfica.
Para os lampiões esta ordem será contrária, primeiro o Sporting x Benfica e depois o Benfica x Sporting, mas nunca sairemos disto.
Ganhar em casa do rival é sempre melhor e amanhã teremos mais um repasto.
P.S.- Os andrades que ganhem lá as coisitas deles, campeonatos e assim umas coisas, mas nunca vão compreender.
VISIGORDO:
desculpa lá mas para o efeito, o que eu quis escrever no meu post é indiferente Benfica - Sporting ou Sporting - Benfica.
O que conta é o DERBY.
O Papa depois disto e de chegar ao trono, percebeu que só poderia ter sucesso se Sporting e Benfica não se estivessem unidos contra a máfia do FCP.
E tem sempre conseguido, pois alternadamente tem feito "alianças" com um ou com outro.
João Rocha
Fernando Martins
Sousa Cintra
Damásio
etc...
O Papa só será esmagado quando os 2 grandes se unirem com o objectivo claro de derrubar o Mafioso, mas parece impossível.
Era importante averiguar porque motivo isso foi possível em 79/80!
PPA, derbys à parte, gostas mais de ganhar na Luz, pois gostas?
Não é exactamente igual a ganhar-lhes em Alvalade.
É bom encostar aquela verborreia toda ao sexto anel. São grandes, mas não são grande coisa.
O Papa, numa conversa entre lags e lamps, devia ficar à parte.
Até porque não lhes atribuo importância nenhuma quando se joga um jogo destes.
Estás preocupado com os pontos que levam de avanço? É o Jesualdo, tranquilo. Ele pensa que sabe muitode bola, mas, o futuro o dirá.
...o FCP adquiriu finalmente o estatuto de Grande, passando então o futebol Português a ter 3 grandes; mas o derby Sporting - Benfica será sempre o grande jogo do futebol Português!...
Evidente que o FCP e o seu Papa não têm nível para um derby destes!
é algo de mágico que só os Sportinguistas e Benfiquistas entendem!
"Derby" Benfica-Sporting comemora 100º aniversário
Terão ido até Carcavelos de comboio a vapor, imaginemos. Os homens de fato completo, chapéu e bigodes retorcidos, as senhoras de vestidos compridos. Aquele jogo de «foot-ball» era na altura um acontecimento, mas ninguém teria consciência de que assistia ao nascimento de uma história eterna. Naquele 1 de Dezembro de 1907 jogou-se o primeiro Benfica-Sporting. Faz agora 100 anos.
O Campo da Quinta Nova era casa emprestada do Sport Lisboa, que só um ano mais tarde seria Benfica, depois da fusão com o Sport Club Benfica. A rivalidade, essa, já tinha começado. Naquele dia, jogaram pelo Sporting oito jogadores que tinham abandonado o Sport Lisboa, a troco de melhores condições. Desde logo, um campo onde jogar.
O jogo contava para o Campeonato de Lisboa e o árbitro chamava-se Burtenshaw. Era inglês, naturalmente, que o desporto tinha chegado a Portugal por influência e iniciativa britânica.
O autor do primeiro golo chamava-se Cândido Rodrigues e era um dos jogadores que tinham trocado de camisola. Aos 50 minutos, Corga empatou para os de vermelho e foi sensivelmente por essa altura que caiu uma chuvada tão intensa que os jogadores do Sporting abandonaram o relvado.
Acabaram por voltar após insistência do árbitro e festejariam a vitória depois de um golo apontado na própria baliza por Cosme Damião, fundador do Sport Lisboa.
Para os registos fica a vitória do Sporting por 2-1, no primeiro daquele que é para os portugueses o «derby» eterno. Seguiu-se um século de história e de estórias, entre dois clubes que cresceram lado a lado, para quem a rivalidade com o vizinho é também uma questão de identidade.
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